Relatório

Mensagem da liderança A evolução
dos debates

A visão pessoal dos líderes do CEBDS sobre a evolução do debate sobre o desenvolvimento sustentável nas últimas décadas e o protagonismo da organização nos cenários brasileiro e internacional

 

Entrevista:
Marina Grossi

Atuante há 20 anos na área de mudança do clima e de finanças sustentáveis, Marina Grossi está no CEBDS desde 2005 e é presidente da instituição desde 2010. Na entrevista a seguir, ela discute a evolução do debate sobre sustentabilidade no Brasil, os desafios que se apresentam para o futuro e o papel do Conselho nessas transformações.

Em 2017, o CEBDS completa 20 anos de atuação. Pode relembrar um pouco das intenções que nortearam a criação do Conselho, em 1997, e como era o debate a respeito da sustentabilidade no Brasil, na época?

O ponto de partida das discussões foi a Rio-92. Ali, as lideranças empresariais começaram a demonstrar interesse pelo tema, o que culminou na criação do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), rede global da qual o CEBDS faria parte, cinco anos mais tarde, quando foi estabelecido no Brasil. A ideia sempre foi a de criar uma plataforma empresarial para a sustentabilidade. A opção por convocar grandes empresas não foi ocasional: era importante que o debate contasse com os recursos e com a disciplina de gestão que essas empresas poderiam agregar.

Quais foram as mudanças mais significativas ocorridas nessas duas décadas no panorama da sustentabilidade empresarial no Brasil?

A gestão da sustentabilidade passou a ser vista como fator competitivo. Na verdade, nestes 20 anos, a questão se tornou imperativa. O país e o mundo tornaram-se mais complexos. Antes, a preocupação com o social e com o ambiental era tratada de forma segmentada.

E como vê o estágio atual de maturidade das empresas sobre o desenvolvimento sustentável?

Dentro das empresas há um engajamento maior: mais setores e departamentos estão envolvidos nos debates e a comunicação interna é mais efetiva. Hoje a colaboração é maior, não só entre o governo e a iniciativa privada e diversas instâncias da sociedade, mas também entre as empresas, até mesmo entre competidores. À medida em que foram se acumulando evidências científicas sobre as mudanças do clima, impactos sociais e outros temas, as empresas passaram a internalizar essas questões e mensurá-las. Mas ainda temos desafios. O engajamento efetivo dos CEOs, por exemplo, precisa avançar.

Pode apontar os marcos recentes do debate global sobre sustentabilidade que mais impactaram o CEBDS?

Destacaria o Acordo de Paris e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A partir do Acordo de Paris nenhuma empresa e nenhum país pôde mais alegar desconhecimento a respeito dos efeitos adversos das mudanças do clima. Com o lançamento dos ODS e o estabelecimento da Agenda 2030, criou-se um ambiente global para um novo tipo de desenvolvimento com iniciativas voltadas para responder aos desafios sociais e ambientais, com cidades, empresas e governos colaborando mais entre si.

Qual será o papel do CEBDS daqui para a frente, considerando as mudanças sociais, ambientais e econômicas que já estão ocorrendo?  

O Visão Brasil 2050 do CEBDS mapeou as principais transformações que devem ocorrer nos próximos anos para termos um país justo, inclusivo, utilizando nossa riqueza ambiental para garantir mais prosperidade para todos. O Ação 2020 sintetizou um conjunto de recomendações concretas para que as empresas contribuam para a construção de um país mais sustentável. Ambos foram construídos com o envolvimento de muitas pessoas e já se tornaram referências para as empresas e para o governo.

Comente sobre os avanços mais importantes que o CEBDS fez rumo ao cumprimento de sua missão: “conduzir a transformação prática de setores, mercados, empresas e profissionais, aliando os negócios e a sociedade para um país sustentável”.

Nos últimos anos, intensificamos o diálogo com as lideranças das empresas, os CEOs, e assumimos uma presença ainda mais estratégica no compartilhamento de conhecimento e na promoção de ações colaborativas entre as nossas empresas, além da atuação com o governo e com a sociedade, uma parceria que faz bem a todos. Ampliamos nosso contato com o governo, que foi estendido para áreas além do campo ambiental – como o Ministério da Fazenda, por exemplo. A essência de nossa missão é apresentar soluções de negócios que realmente causem impacto positivo. Temos orgulho de termos conseguido ajudar na estruturação de parcerias realmente efetivas e na criação de um ambiente de confiança entre as empresas, além das parcerias feitas com as demais representações do setor empresarial, ONGs e do governo. Isso permitiu sermos mais eficazes e causar maior impacto na sociedade.

Entrevista:
Marcos Bicudo

Chair do CEBDS desde 2008, Marcos Bicudo já desempenhou funções de liderança em alguns dos maiores grupos empresariais do país e destacou-se particularmente no planejamento do projeto Rio Cidade Sustentável, durante a Rio +20, em 2012. Na entrevista a seguir, discute o papel do empresariado diante dos desafios na busca pelo desenvolvimento sustentável.

Como você analisa a evolução da agenda do desenvolvimento sustentável no Brasil nos últimos 20 anos?

Houve um avanço importante nestes últimos 20 anos, no qual o CEBDS desempenhou um papel central na evolução através de seus associados – articulando os atores da sociedade e ancorado na global network do WBCSD, o que possibilitou um respaldo de conteúdo imprescindível. Apesar dos avanços, o senso de urgência que o tema demanda e a oportunidade de estabelecer uma vantagem competitiva para o nosso país no plano internacional precisa ser acelerado. E isso ganha força com a agenda global instituída em 2015, que estabelece os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para empresas, governo e sociedade. Esse é o nosso novo desafio.

Como a história do CEBDS se mistura com a própria história do desenvolvimento sustentável no país?

O CEBDS tem sido um grande catalisador desse avanço principalmente dentro do setor privado, onde está seu círculo direto de influência. Só para citar alguns exemplos: a edição do primeiro Relatório de Sustentabilidade Empresarial do Brasil em 1997; a criação da Rede Brasileira de Produção Mais Limpa junto ao Sebrae em 1999; e a implementação, em parceria com o World Resources Institute (WRI) e a Fundação Getulio Vargas, da principal ferramenta de medição de emissões de gases de efeito estufa no país, o GHG Protocol, em 2008.

Podemos dizer que o CEBDS também busca influenciar os rumos da história com seu olhar para o futuro. Dois exemplos disso são o relatório Visão Brasil 2050, de 2012, e a publicação Ação 2020, lançada em 2014. Em síntese, o primeiro projeta o mundo em que queremos viver na metade deste século, enquanto o segundo sintetiza um conjunto de recomendações concretas e viáveis, a serem implementadas no curto prazo pelo setor empresarial.

É possível afirmar que o setor empresarial hoje apresenta um posicionamento diante do tema da sustentabilidade diferente do de 20 anos atrás? Como se deu essa trajetória?

Pode-se dizer que o CEBDS foi um dos principais responsáveis por engajar o setor empresarial ao tema do desenvolvimento sustentável, que até então apresentava um posicionamento mais reativo ao trabalhar essa agenda. Hoje, é possível observar uma mudança de postura das empresas, que assumiram um papel de protagonismo na agenda.

Quais são os desafios que o setor empresarial enfrenta atualmente e como o mesmo pode acelerar o alcance de uma economia de baixo carbono no Brasil?

Os mercados são os melhores ambientes para promover mudanças e as lideranças empresariais representam a alavanca e o agente principal de mudança. Claro que o governo tem papel muito importante para promover a transformação necessária, criando marco regulatório, incentivos e políticas públicas compatíveis e estimulantes. Porém, a iniciativa privada deve liderar essa transformação através da inovação, da sua capacidade de investimento e principalmente através da eficiência na execução e na adoção de padrões produtivos sistêmicos e circulares.

Depoimentos
CEBDS 20 anos

Nos últimos 20 anos, o CEBDS tornou-se elo vital entre a dinâmica comunidade empresarial brasileira e o WBCSD. Valorizamos particularmente sua contribuição nos setores florestal e agrícola, nos quais o CEBDS facilitou a forte colaboração brasileira em nossos programas do grupo Climate Smart Agriculture e do Forest Solutions Group. Estou ansioso para continuar e expandir nossa parceria com o CEBDS nos próximos anos. Peter Baker, presidente do WBCSD

O CEBDS é um ator estratégico – talvez o mais estratégico – no engajamento do setor privado na agenda da sustentabilidade. Desde sua criação, manteve um protagonismo no cenário e uma sintonia com as principais tendências internacionais, em linha com os avanços do WBSCD. Sua importância se traduz no diálogo com as principais esferas do debate no Brasil e no mundo todo, que provocaram uma ruptura na agenda das empresas brasileiras.

A evolução do trabalho do CEBDS nesses 20 anos vem em paralelo com a evolução do relacionamento entre empresas, governo e sociedade em prol do desenvolvimento sustentável. Nesse processo de amadurecimento, a entidade colaborou muitas vezes com o Ministério do Meio Ambiente: esteve presente em eventos, contribuiu com estudos, auxiliou nos trabalhos relativos ao Acordo de Paris, intermediou reuniões. Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente (2010-2016)

O CEBDS desempenha um papel realmente importante: permitir ao segmento empresarial maior participação e voz ativa nas conversas e negociações da sustentabilidade. Essa função é desempenhada de duas maneiras. Uma delas é por meio das parcerias com organizações internacionais, como o World Business Council For Sustainable Development (WBCSD) e o próprio We Mean Business, nas quais há interface e articulação com agendas globais de sustentabilidade. A outra é trabalhar para adaptar essa agenda global ao Brasil, em conjunto com a força do empresariado brasileiro. Minha experiência como parceiro do CEBDS através do We Mean Business nos últimos dois anos tem sido muito positiva. Compartilhamos informações estruturantes do ambiente internacional sobre o papel dos negócios na sustentabilidade, geralmente com foco em contextos específicos. No Brasil temos participado de eventos de negócios focados em preços de carbono, abrindo canais de conversa sobre isso em eventos sobre sustentabilidade. Fico muito impressionado com o nível de engajamento do CEBDS e do empresariado brasileiro. Nigel Topping, CEO do We Mean Business

O Brasil tem se destacado nos fóruns internacionais que debatem a sustentabilidade. Isto se deve ao envolvimento e comprometimento de diversas entidades nacionais, dentre as quais destaca-se o CEBDS – que, de forma prática, busca identificar e implementar soluções que possam trazer para o país o desenvolvimento sustentável com ênfase em seus aspectos sociais e ambientais. Com discussões e propostas de alta qualidade, construídas de forma participativa com empresas e o setor financeiro, o CEBDS exerce influência muito importante nas escolhas que favorecem e estimulam a transição para uma economia de baixo carbono. Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

A questão de sustentabilidade vem ganhando importância ao longo dos anos, sobretudo quando se percebe que sem considerá-la, corre-se o risco de impactos negativos no crescimento econômico. A busca pela sustentabilidade, que anteriormente era vista como uma restrição ao crescimento, passa a ser incorporada como estratégia de manutenção de negócios e do desenvolvimento. Nesse sentido, é importante o papel do CEBDS, uma vez que faz a ponte entre empresas, governo, ONGs e academia na busca do desenvolvimento sustentável do país. Suzana Kahn, presidente do Comitê Coefficient do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

trajetoria

Linha do tempo Uma trajetória de vanguarda

Desde 1997, o CEBDS lidera os avanços no campo da sustentabilidade corporativa no Brasil. Conheça os marcos mais importantes de sua história pioneira, sempre conectada com as principais tendências e eventos globais nos âmbitos social, ambiental e econômico

 

Fundado em 1997, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) acompanhou e atuou no amadurecimento da gestão da sustentabilidade nas empresas brasileiras, que começou a ter um novo enfoque a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), realizada em junho de 1992, no Rio de Janeiro. A atuação pioneira do Conselho no cenário brasileiro acompanhou os principais avanços do debate sobre desenvolvimento sustentável no país e no mundo. E, para contar essa história, é preciso relembrar alguns marcos globais desse debate que antecedem a criação do CEBDS.

As preocupações contemporâneas a respeito dos limites da atuação humana sobre o planeta e seus impactos começaram a tomar forma no início da década de 1970, com a elaboração do relatório Os Limites do Crescimento. A pesquisa, realizada pelo Clube de Roma (organização não-governamental fundada em 1968, na Itália, para debater temas políticos, ambientais e sociais) em conjunto com pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), utilizou avançados métodos matemáticos para simular a interação do homem com o ambiente no longo prazo – e os riscos envolvidos na exploração dos recursos naturais, incluindo elevados níveis de poluição, redução na produção industrial e agrícola, elevação nos níveis de mortalidade e o esgotamento dos recursos naturais em um horizonte de 100 anos.  

1972-1992:
Do Clube de Roma à Rio-92

AnoAcontecimento
1972Publicação de Os Limites do Crescimento, pelo Clube de Roma
Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo, e apresentação do Manifesto Ambiental, primeira grande conferência da ONU sobre temas ambientais
Criação do United Nations Environment Programme (UNEP), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
1980A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) lança sua Estratégia Mundial para a Conservação
1982A Assembleia Geral das Nações Unidas adota a Carta Mundial pela Natureza, elaborada pela IUCN
1987Publicação do relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. O documento propõe pela primeira vez o conceito de desenvolvimento sustentável
1992Realização, no Rio de Janeiro, da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92)
O World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) é fundado em Genebra, Suíça
Firmada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês)
Criação da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CBD, na sigla em inglês)

A Rio-92

Consequência direta dos debates suscitados pelo relatório Nosso Futuro Comum, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – mais conhecida como Cúpula da Terra ou, no Brasil, simplesmente como Rio-92 – retomou os debates iniciados na Conferência da ONU sobre o Ambiente Humano (Estocolmo, 1972). Com presença de 116 chefes de estado no Rio de Janeiro, as discussões realizadas no evento renderam a elaboração da Agenda 21, um pacote de diretrizes e recomendações para o desenvolvimento sustentável que representou a culminação do trabalho iniciado em Estocolmo.

1993-1997:
das primeiras COPs à criação do CEBDS

AnoAcontecimentoLinha do tempo do CEBDS
1994Primeira Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, no Cairo
1995Primeira Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro da ONU sobre a Mudança do Clima, em Berlim
1997Realização da Cúpula da Terra (Rio+5) para avaliar os progressos globais na implementação da Agenda 21Fundação do CEBDS, em 5 de março. Félix de Bulhões é o primeiro presidente da organização
Elaboração do Protocolo de Kyoto, que amplia os compromissos firmados pelo UNFCCC em 1992. Marina Grossi, que assumiria a presidência do CEBDS em 2010, participa como negociadora pelo BrasilCEBDS elabora o primeiro Relatório de Sustentabilidade Empresarial do Brasil
Criação das primeiras Câmaras Temáticas do CEBDS (CTs) – Legislação Ambiental e Ecoeficiência

A fundação do CEBDS

O CEBDS, uma associação civil sem fins lucrativos, foi fundado em 5 de março de 1997 por um grupo de empresários brasileiros para integrar os setores da indústria, comércio e serviços aos debates sobre sustentabilidade. Representa no Brasil o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). De seu papel inicial como interlocutor entre as corporações, a sociedade e o governo, o CEBDS moldou um novo perfil de atuação a respeito das questões ambientais e sociais, sob a influência de uma série de tendências globais.

O CEBDS surgiu em um período no qual a discussão sobre sustentabilidade era incipiente no mundo e ainda mais no Brasil. Foi a primeira organização a trabalhar em torno do triple bottom line no país, instigando lideranças empresariais a pensar em uma abordagem unificada dos temas sociais, econômicos e ambientais. Em sintonia com as tendências mais atualizadas sobre o desenvolvimento sustentável, ajudou a despertar o interesse nacional sobre pautas inovadoras, como mudanças do clima, Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), créditos de carbono e governança corporativa. Integrou os mais relevantes debates internacionais realizados nessas duas décadas – a exemplo da Rio+10, a Rio+20 e as Conferências das Nações Unidas (ONU) sobre clima e biodiversidade – e representou o empresariado brasileiro em inúmeros eventos de importância global.

Nos seus primeiros anos de existência, o CEBDS teve atuação mais focada na construção de um ambiente legal e regulatório que estimulasse empresas comprometidas com processos produtivos e econômicos que contemplassem a capacidade das futuras gerações de terem suas necessidades atendidas. Essa articulação política foi possível devido à representatividade dos associados: CEOs das maiores e mais destacadas empresas atuantes no Brasil, que se tornaram interlocutores diretos entre a comunidade empresarial e os integrantes do alto escalão dos governos nas três esferas.

O primeiro Relatório de Sustentabilidade Empresarial, em 1997

Em 1997, o CEBDS elaborou o primeiro Relatório de Sustentabilidade Empresarial do Brasil. O documento foi entregue ao então presidente Fernando Henrique Cardoso. Com aproximadamente 200 páginas, a publicação apresentava um balanço geral sobre as atividades desenvolvidas por 27 empresas associadas à organização, com ênfase nos indicadores socioambientais. O Relatório tornou-se referência nacional no tratamento do tema. Ainda em seu ano de fundação, a organização criou suas primeiras Câmaras Temáticas (CTs) com temas específicos, para viabilizar fóruns de compartilhamento de experiências, discussão e implementação de ações conjuntas pelas empresas associadas.

A partir de meados dos anos 2000 e em articulação com diversas instituições, a organização ampliou suas ações para a geração e disseminação de conhecimento, lançando diversas publicações. Paralelamente, participou de encontros e conferências multidisciplinares no Brasil e no exterior e promoveu seus próprios eventos, como o Prêmio CEBDS de Desenvolvimento Sustentável e o primeiro Congresso Ibero-americano sobre Desenvolvimento Sustentável (Sustentável 2005), evento gratuito voltado para disseminar a compreensão do desenvolvimento sustentável na sociedade.

Ao longo destes 20 anos, a experiência do CEBDS já foi fonte de inspiração para a criação de instituições semelhantes em países da Ásia, como a China, da África, como Moçambique, e latino-americanos, como o Chile e o Peru.

1998-2012:
do impulso da sustentabilidade empresarial à Rio+20

AnoAcontecimentoLinha do tempo do CEBDS
1998
CEBDS é o único representante do setor empresarial brasileiro a participar da 4ª Conferência sobre Mudança do Clima (COP-4), em Buenos Aires, na Argentina. A organização participa de todas as COPs de Clima desde então
No Catálogo Melhores Casos de Ecoeficiência na América Latina, do Business Council for Sustainable Development for Latin America, o CEBDS apresenta iniciativas de 10 empresas brasileiras
Lançamento do 2º Relatório de Sustentabilidade Empresarial do CEBDS, em abril
CT de Legislação Ambiental propõe mudanças na Lei de Crimes Ambientais
 1999Lançamento do Índice Dow Jones de SustentabilidadeCEBDS realiza no Rio de Janeiro o 1º Liaison Delegate Meeting, evento que reúne as lideranças empresariais vinculadas ao WBCSD. Mais de 100 executivos estiveram presentes na primeira edição
Criação da Rede Brasileira de Produção Mais Limpa – parceria entre CEBDS e Sebrae
Criação da CT de Mudança do Clima. CT de Ecoeficiência participa da implantação da Rede Brasileira de Produção Mais Limpa
Fernando Almeida substitui Félix de Bulhões na presidência do CEBDS
2000A ONU lança o Pacto Global, maior iniciativa de sustentabilidade corporativa voluntária do mundo e a principal via de relacionamento entre a instituição e a comunidade empresarialCEBDS inicia, a partir da fundação da iniciativa, sua interface com o Pacto Global
CEBDS começa as discussões sobre a Agenda 21 brasileira
Assinada a Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, com participação de 175 países
Lançamento das 8 Metas do Milênio, com adesão de 191 paísesCriada a CT de Biodiversidade e Biotecnologia
2001
Participação no Business Strategy Meeting, que organizou a participação empresarial na Rio+10
CEBDS promove o encontro Do Rio a Johannesburgo, Novos Rumos para o Desenvolvimento Sustentável
Duas novas CTs surgem: Comunicação Social e Técnica de Energia
CT de Mudança do Clima ajuda na articulação da participação do empresariado brasileiro na COP-6 de Mudança do Clima (Bonn, Alemanha)
2002Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em Johannesburgo, África do Sul (Rio+10)Realização do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro
2003Governo brasileiro anuncia o Plano de Ação contra o Desmatamento da AmazôniaCEBDS integra a Comissão de Honra da Conferência Nacional do Meio Ambiente e lidera a implantação da Rede Brasileira de Produção Mais Limpa
Primeira Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção
2004
1º Prêmio CEBDS de Desenvolvimento Sustentável
Lançamento da revista Brasil Sustentável
2005Acordo do Protocolo de Kyoto entra em vigor, em fevereiroRealização do Sustentável 2005: 1º Congresso Ibero-americano sobre Desenvolvimento Sustentável
Lançamento do estudo Millennium Ecosystem Assessment (Avaliação Ecossistêmica do Milênio), da ONUCEBDS é o único representante do setor empresarial latino-americano na elaboração do Millennium Ecosystem Assessment
Criação da CT de Finanças Sustentáveis, voltada para bancos e seguradoras
CT de Responsabilidade Corporativa (que substituiu a CT de Ecoeficiência) participa do estabelecimento do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE-BM&FBovespa) e contribui para a elaboração dos Princípios do Equador

Sustentável

Nascido em 2005 com o nome de Sustentável 2005 – 1º Congresso Ibero-americano sobre Desenvolvimento Sustentável, o evento tem papel fundamental na democratização e no entendimento da sociedade brasileira sobre a sustentabilidade. Sua segunda edição, em 2006, foi dividida em seis ciclos de encontros, realizados de maio a outubro. Formato semelhante foi empregado em 2008. Nos anos seguintes, retomaria o escopo internacional, apresentando-se como Congresso Ibero-americano sobre Desenvolvimento Sustentável (2007) e Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável (2009 e 2013). Em 2015, teve como tema “O Futuro É Agora”. O evento chegou à sua oitava edição em 2016, realizada no Rio de Janeiro. Reunindo uma plateia que lotou o auditório do Museu do Amanhã durante as oito horas do encontro, o Sustentável 2016 congregou empresas, governo, meio acadêmico e sociedade civil, em painéis que discutiram a economia verde, as relações entre os capitais natural, social e econômico, mobilidade e os principais desafios que se apresentam a governos e empresas no campo da sustentabilidade.

Além de unir governo, empresas, ONGs, pesquisadores e cidadãos em geral, o Sustentável reforça os laços do CEBDS com entidades importantes como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Instituto de Estudos Avançados da Universidade da ONU (ONU/IAS), o Ministério do Meio Ambiente, o Worldwide Fund for Nature (WWF), o United Nations Environment Programme (UNEP) e o The Nature Conservancy (TNC), que já participaram e/ou apoiaram suas edições.

AnoAcontecimentoLinha do tempo do CEBDS
2006Lançamento do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, assinado por 192 empresas brasileiras e 54 entidades, incluindo o CEBDSSustentável 2006 é realizado em seis ciclos, de maio a outubro
CEBDS participa, pela primeira vez, da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU. Daí em diante, marca presença em todas as edições do evento
CEBDS integra a comissão coordenadora do Plano Nacional de Áreas Protegidas
Criação da CT de Água
CT de Biodiversidade e Biotecnologia participa da COP-8 de Biodiversidade (Curitiba)
2007Documentário Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, desperta interesse global sobre mudanças do climaRealização do 2° Congresso Ibero-americano sobre o Desenvolvimento Sustentável – Sustentável 2007
CEBDS participa de encontro com Al Gore realizado em São Paulo com a presença de mais de 500 lideranças políticas e empresariais, que discutiu papel do Brasil na liderança do combate às mudanças do clima
CTs de Mudança do Clima e Técnica de Energia se unem na CT de Energia e Mudança do Clima
Criada a CT de Construção Sustentável
2008
Renovação do modelo de governança do CEBDS, com a criação dos conselhos Fiscal, Consultivo e de Ética e do Comitê de Integração
Sustentável 2008 promove cinco encontros
Criado o Comitê de Integração das Câmaras Temáticas, reforçando a necessidade de atuação multidisciplinar do CEBDS
CEBDS elabora versão brasileira do GHG Protocol, em conjunto com WRI, FGV e WBCSD

A criação de um GHG Protocol para o Brasil

O GHG Protocol é uma ferramenta utilizada para entender, quantificar e gerenciar emissões de gases do efeito estufa (GEE) que foi originalmente desenvolvida nos Estados Unidos, em 1998, pelo World Resources Institute (WRI) e é hoje o método mais usado mundialmente pelas empresas e governos para a realização de inventários de GEE. Em 2008, uma iniciativa conjunta do CEBDS, do WRI, do WBCSD e do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces), contando com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, elaborou uma versão do GHG Protocol adaptada à realidade do Brasil. O Programa Brasileiro GHG Protocol foi lançado com a adesão de 27 empresas. Em 2011, surgiu o Registro Público de Emissões, plataforma online pioneira que auxilia até hoje as organizações na produção e divulgação de seus inventários de emissões de GEE.

AnoAcontecimentoLinha do tempo do CEBDS
2009
Participação no workshop Vision 2050, organizado pelo WBCSD
Realização do 3º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável – Sustentável 2009
2010WBCSD lança o documento Vision 2050Marina Grossi assume presidência do CEBDS, substiuindo Fernando Almeida
CEBDS participa das negociações do Protocolo de Nagoya, durante a CDB COP 10, em Nagoya, no Japão
2011
Realização do 4º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável – Sustentável 2011, que discute adaptação da Vision 2050 à realidade brasileira
Lançamento da Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE), em parceria com o WRI e a FGV, e o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID)
2012Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada no Rio de JaneiroLançamento do documento Visão Brasil 2050, durante a Rio+20
Criada a CT de Mobilidade Sustentável
Realização do 5º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável – Sustentável 2012: Uma agenda para a Rio+20
Lançamento do projeto piloto Rio Cidade Sustentável, em colaboração com o Governo do Estado e da Prefeitura do Rio de Janeiro

Rio+20

A Rio+20, realizada em 2012, foi um dos maiores eventos da história da ONU. O diálogo com a sociedade brasileira foi feito por meio da Comissão Nacional para a Rio+20, que empreendeu consultas com diversos atores para fechar uma posição brasileira coesa na conferência. O governo brasileiro avaliou que o documento final, O Futuro que Queremos, atendia às aspirações de países desenvolvidos e das nações em desenvolvimento. A Rio+20 inspirou mais de 700 compromissos voluntários relativos ao desenvolvimento sustentável, firmados por grupos da sociedade civil, empresas, governos e universidades. Durante a conferência foi acordado que um conjunto de metas seria desenvolvido com base nos avanços dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Presente nos debates prévios à Rio+20 e durante toda a sua realização, o CEBDS colaborou com a elaboração do Documento de Contribuição Brasileira à Conferência Rio+20. Durante o evento, a organização também lançou a Visão Brasil 2050, documento prospectivo a respeito do futuro sustentável e do caminho possível para alcançá-lo, e a publicação Rio Cidade Sustentável, que compila as ações desenvolvidas em duas favelas cariocas: Babilônia e Chapéu Mangueira. Em parceria com a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), o CEBDS também lançou o Guia Rio+20, publicação que reuniu as principais informações a respeito da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável. Disponível em dois idiomas, o Guia foi distribuído gratuitamente.

2013-2017:
de olho no futuro – o Ação 2020 do CEBDS e a Agenda 2030 da ONU

AnoAcontecimentoLinha do tempo do CEBDS
2013Início das negociações globais para definir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)Realização do 6º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável – Sustentável 2013
2014
Desenvolvimento e lançamento do framework Ação 2020 Brasil
Publicação da Agenda CEBDS: por um País Sustentável
2015Definição da Agenda 2030 da ONU, com os 17 ODS e 169 metas relacionadas a eles a serem cumpridos até 2030 nos campos social, econômico, ambiental e institucionalRealização do 7º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento – Sustentável 2015: o Futuro É Agora
COP-21 firma o Acordo de Paris, que estabelece a meta de manter o aumento médio da temperatura global abaixo de 2ºCFormação do Conselho de Líderes
Apresentação da Contribuição Pretendida Nacionalmente Determinada (iNDC) do Brasil ao Acordo de ParisCEBDS passa a fazer parte da organização do 8º Fórum Mundial da Água, como chair do grupo focal de Sustentabilidade.
Criada a CT de Impacto Social
2016COP-22 (Marraquexe) propõe regras para implantação concreta do Acordo de ParisApresentação dos primeiros estudos decorrentes dos debates do Conselho de Líderes
CEBDS apresenta seu Guia de Precificação de Carbono na COP-22 de Mudança do Clima
Ratificação da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) brasileira pelo governo federalCEBDS passa a integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Sustentável 2016 – 8º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável é realizado no Rio de Janeiro
CT de Mobilidade tem sua temática ampliada e é renomeada como CT de Logística e Transportes
2017
Apresentação do estudo do CEBDS sobre a NDC brasileira ao ministro do Meio Ambiente
Lançamento do hub América do Sul do projeto below50, para impulsionar mercado de combustíveis sustentáveis
O Guia de Títulos Verdes do CEBDS é premiado como Iniciativa do Ano no Green Bonds Awards
CEBDS organiza Fórum Água de Engajamento Empresarial em Brasília, na véspera da 2º Reunião de Consulta às Partes do 8º Fórum Mundial da Água
Participação no Global Water Summit, realizado no Rio Amazonas (AM) pela Coca-Cola Brasil em parceria com o Fórum Mundial da Água
Realização do Prêmio CEBDS de Liderança Feminina
O regimento das CTs é revisado e, entre outras mudanças, as figuras de presidente e vice-presidente são substituídas por colíderes

Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris

O ano de 2015 foi marcado por dois importantes avanços na discussão mundial sobre sustentabilidade: a definição dos ODS e a ratificação do Acordo de Paris. Três anos depois da Rio+20, em setembro de 2015, os líderes mundiais reunidos na ONU aprovaram, por consenso, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que definia os 17 ODS. De natureza global e universalmente aplicáveis, os Objetivos dialogam com as políticas e ações nos âmbitos regional e local. Abrangem esforços para a erradicação da pobreza, promoção do crescimento econômico, ampliação do acesso à educação, à energia, à saúde e ao saneamento básico e o combate à mudança do clima, entre outros temas.

Já o Acordo de Paris, firmado na COP-21, em dezembro, representou um consenso entre os países-membros da ONU em torno da mitigação dos efeitos da mudança do clima. O Acordo prevê o compromisso de impedir que o aumento da temperatura média global ultrapasse os 2°C acima dos níveis pré-industriais, além da intensificação dos esforços para limitar esse aumento até 1,5°C. Os países participantes também aceitaram estabelecer metas voluntárias de redução de emissões (as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas, ou NDCs), de acordo com suas realidades sociais e nível de desenvolvimento econômico.  

O CEBDS tem participado da disseminação dos temas relacionados aos ODS e ao Acordo de Paris. Em 2016, preparou a edição brasileira do SDG Compass, um guia com diretrizes para implementação dos ODS na estratégia dos negócios elaborado em conjunto pelo WBCDS, pela Global Reporting Initiative (GRI) e pelo Pacto Global. O conteúdo da publicação foi debatido no workshop “Integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU na Estratégia Empresarial”, realizado em julho de 2017 em Curitiba (PR). O CEBDS também participou da elaboração da versão brasileira do CEO Guide to the SDGs, guia lançado pelo WBCDS em março de 2017 para impulsionar o envolvimento dos líderes empresariais globais com os ODS.

Sobre a NDC brasileira, apresentada em 2016 e ratificada pelo governo em 2017, o CEBDS lançou a publicação Oportunidades e Desafios da NDC brasileira para o Setor Empresarial, com uma avaliação das metas assumidas pelo Brasil e as perspectivas para os cinco setores contemplados pela NDC (florestal, energia, agropecuário, industrial e transportes). Em abril de 2017, o estudo foi apresentado oficialmente ao Ministério do Meio Ambiente.

20 anos em números

Mais de

30mil

empresas fornecedoras das empresas associadas ao CEBDS foram capacitadas nos temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, uma média de 350 empresas por ano

Cerca de

90

publicações lançadas, entre estudos, edições da revista Brasil Sustentável, guias e relatórios 

Mais de

40

participações em fóruns e conferências internacionais 

25.595

pessoas participaram das oito edições do evento Sustentável, promovido pelo CEBDS ao longo de 20 anos 

Presença em

61

países através da rede do WBCSD  

55

empresas associadas em 2017, responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos 

10

workshops para capacitação de profissionais de comunicação na área de sustentabilidade 

Rede Produção Mais Limpa – em que o CEBDS é parceiro do Sebrae desde 1999 – alcançou

21

estados brasileiros

R$140mil

distribuídos nas três edições do Prêmio CEBDS de Desenvolvimento Sustentável, premiando os melhores trabalhos sobre o tema desenvolvimento sustentável 

Das 22 edições da Conferência das Partes (COP) sobre Mudança do Clima realizadas até 2017, o CEBDS participou de

13

O CEBDS também esteve presente em

6

edições da Conferência das Partes (COP) sobre Biodiversidade desde 2000 

Ao longo destas duas décadas, o CEBDS manteve, em média,

50

empresas associadas por ano

O CEBDS hoje A voz da sustentabilidade empresarial

Conheça mais sobre os princípios, a atuação, a estrutura organizacional e os associados do CEBDS – uma instituição que inclui os mais importantes grupos empresariais do Brasil

 
cebds-hoje

O CEBDS congrega cerca de 60 dos maiores grupos empresariais do país, responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. Representa no Brasil a rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que conta com quase 70 conselhos nacionais e regionais em 61 países e de 22 setores industriais, além de mais de 200 grupos empresariais que atuam em todos os continentes. As empresas que compõem a rede do WBCSD somam um faturamento médio anual de US$ 8,5 trilhões e empregam 19 milhões de pessoas.

Empresas associadas

Atual quadro de empresas associadas, por setor

SetorNúmero de
empresas associadas
Agronegócio3
Alimentos e bebidas1
Associação setorial1
Aviação1
Bens de consumo8
Consultoria2
Energia9
Financeiro7
Indústria de transformação3
Investimentos e participações1
SetorNúmero de
empresas associadas
Mídia2
Mineração2
Mobilidade1
Óleo e gás3
Papel e celulose2
Química2
Saneamento1
Saúde1
Seguros2
Siderurgia2
Tecnologia e inovação1

As empresas que já integraram o CEBDS desde 1997

3M do Brasil
ABB
Abralatas
Accenture
Aegea Saneamento
AES Sul Distribuidora
AES Tietê
Águas
Alcoa Alumínio
Aliança Navegação
Allianz Seguros S.A.
Amanco Brasil
Ambev
Amil Assistência Medica Internacional S.A.
Anglo American Brasil Ltda.
Anglo Ferrous
Aracruz Celulose
Arcelor Brasil S.A.
Bahia Mineração
Banco Bradesco
Banco do Brasil
Banco do Nordeste
Banco HSBC
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Banco Votorantim
BASF
Bayer
BB Mapfre Seguradora
Billiton Metais
BM&F
Bolsa de Valore do RJ
BoozAllen/Hamilton do Brasil
Boticário
Bozano Simonsen
BP Brasil
Bradesco Seguros
Brascan Brasil
Brasil Kirin
Braskem
Brasmotor
BRF
Bridgestone Firestone
Bunge Alimentos
Caixa
Capemisa
Casa da Moeda
CCR AS
Cervejarias Kaiser
Cetrel
Chemtech
Chevron
Cia. Bras. Carbureto de Cálcio
Cia. Força e Luz Cataguases Leopoldina
Cia. Paulista de Força e Luz
Cia. Siderúrgica de Tubarão
Cia. Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF
Coca-Cola
Comgás
Copebrás Ltda.
Copene Petroquímica do Nordeste
Copersucar
Copesul
Cosipa
CPFL Energia
CPFL Renováveis
CSN
Dannemann, Siemsen, Bliger
Degussa Huls
DNV
Dow Agrosciences
Dow Brasil
DOW Química
DuPont do Brasil
EBX Investimentos
EcoinvestCarbon
Ecopart Assessorial
Ecosecurities
Editora Abril
Editora O Dia/Jornal O Dia
Eletrobras
Eletronuclear
Eletronuclear S.A.
Eletropaulo
Ernst & Young Terco
Fepasa
Fiat do Brasil
Fibria
Firjan
Furnas
GE
General Motors
Geral-Damulakis Engenharia
Gerdau
Glaxo Wellcome
Goodyear
Grupo Amaggi
Grupo Pão de Açúcar
Heineken
Holdercim Brasil
Instituto Brasileiro de Siderúrgica
Icatu Holding
ICF Consulting
INB Indústrias Nucleares Brasileiras
Inepar
Instituto de Resseguros do Brasil
Instituto Solví
Ipiranga
Itaú Unibanco
Konus Icesa
KPMG
Lafarge
Latam
Light
L’Oréal
Lorentzen Empreendimentos
Masisa
Menezes, Lopes, Dessimoni
Mexichem Brasil
Michelin
Microsoft
Monsanto do Brasil
Natura
Neoenergia/Itapebi
Nestlé
NM Engenharia
Nova Ideia S.A.
Novartis Seeds
Novozymeslatyn America Ltda.
OPP Petroquímica
PepsiCo
Petrobras
Philips do Brasil
Pirelli
Plantar S.A.
PWC
Rádio Globo
Raízen Energia S.A.
Renova Energia
Rio Tinto Brasil
RTZ Mineração
Santander Brasil
Santista Alimentos
Schneider Electric Brasil Ltda.
SEBRAE-MG
Servenco
Shell
SHV Gás Brasil Ltda.
Siemens
Solvay do Brasil
Souza Cruz
Spal Pananco
Sul América Seguros
Supergasbras
Suzano Papel
Syngenta
Telecom Italia
Telefônica Vivo
ThyssenKrupp CSA
TicketLog
Tim Celular
Tristão Comercial e Participações
TV Globo
Ucar Carbon
Unibanco S.A.
Única
Unilever
Unimed
Union Carbide
Usiminas
Vale
Varig
Veja do Sul
Vestas
Viação Itapemirim
Volkswagen
Votorantim
Votorantim Cimentos
WalMart
White Martins
Xerox do Brasil
Zamprogna S.A [G1]

Visão, Missão e Princípios

Visão

No Brasil de 2050, 226 milhões de pessoas vivem bem e respeitam os limites naturais do planeta, por meio da cooperação entre o poder público, a sociedade civil e as empresas.

Missão

Conduzir a transformação prática de setores, mercados, empresas e profissionais, aliando os negócios e a sociedade para um país sustentável.

Princípios

Todos os integrantes do “sistema CEBDS” – empresas associadas, Conselho de Administração, Diretoria, colaboradores fixos e eventuais parceiros – devem pautar suas decisões e ações pelos seguintes princípios:

1. Prevalência do propósito maior

Em todas as suas decisões e ações, considerar que o propósito maior do CEBDS transcende os seus interesses específicos, os de sua área de atuação, seu ramo de atividade ou da sua organização.

2. Cultura do servir

Colocar-se genuinamente a serviço de todos aqueles com quem tem contato. O desenvolvimento só pode ser sustentável quando todos os integrantes do sistema sócio-econômico-político-cultural conseguem realizar o seu melhor.

3. Uso do poder com sabedoria

Ter sempre consciência do enorme poder que suas decisões e ações têm sobre a vida de pessoas e de todos os seres vivos. É um poder que se manifesta em todas as direções e ao longo do tempo. As decisões e ações de hoje têm o poder de criar o futuro.

4. Consistência parte-todo

Todos, a organização para a qual trabalhamos, assim como o ramo de atividade em que ela está, as comunidades em que ela atua, a sociedade e o CEBDS são sistemas dentro de sistemas, nos quais todos os integrantes são interligados e interdependentes. Isto está no cerne do desenvolvimento sustentável.

5. Postura pró-soluções

Concentrar a atenção e energia na busca de soluções práticas para os desafios que o desenvolvimento sustentável coloca e sempre vai colocar. Evitar desperdiçá-las em diagnósticos ou críticas e busca de culpados.

6. Ética e autorregulação

Ética é a escolha pelo bem comum. Quando em dúvida, escolher a alternativa que melhor atenda o bem comum, que naturalmente conduzirá ao desenvolvimento sustentável.

7. Inclusão

Buscar ativa e incansavelmente atrair outras pessoas e organizações para a causa do desenvolvimento sustentável. Não ficar apenas “pregando para os convertidos”.

Estrutura organizacional

RJ

O CEBDS é sediado na cidade do Rio de Janeiro

16

e mantém 16 colaboradores

generoMulheres63%37%Homens idade75%25%Até 40 anosMais de 40 anos estudo69%Especializaçãoou pós-graduação transporte88%12%Usam transportepúblico ou bicicletapara trabalharUsam carro

A organização revisa periodicamente seu modelo de governança, focado na melhoria constante de sua gestão, de seus controles internos e do relacionamento com empresas associadas. Em 2009, foi lançado um novo estatuto, focado na gestão e na transparência de seus processos e relacionamentos. Em 2013, o documento foi revisado, para dar mais clareza sobre o objeto de trabalho do Conselho.

Chairman Marcos Bicudo
Presidente Marina Grossi
Presidente de Honra Erling Sven Lorentzen
Conselho de Administração
André Dorf CPFL Energia
Ralph Schweens Basf
Andrea Cordeiro Itaú
Nour Bouhassoun Michelin
Andrea Alvares Natura
Marcos Madureira Santander
André Clark Siemens
André Lopes de Araujo Shell
Gleuza Jesué Vale
Conselho Fiscal
Fábio Abdala Alcoa
Ana Maria Borro Banco do Brasil
Ivani Benazzi de Andrade Bradesco Seguros

Câmaras Temáticas

As Câmaras Temáticas (CTs) são fóruns que reúnem as empresas associadas de diversos setores para discutir problemas comuns na gestão da sustentabilidade, trocar experiências e buscar soluções conjuntas – cocriadas, que possibilitem a diluição de riscos e custos, maximizando o resultado alcançado. O fórum é aberto à participação de todas as empresas associadas e têm por objetivo articular, de forma estratégica, temas-chave para a sustentabilidade dos negócios. As CTs são colideradas por representantes das mesmas instituições, eleitos pelos membros.

Em 2017, o CEBDS possui sete CTs: Água; Biodiversidade e Biotecnologia; Energia e Mudança do Clima; Finanças Sustentáveis; Logística e Transporte; Impacto Social; e Comunicação e Educação.

CâmaraColíderes
ÁguaLuiz André Soares
Coca-Cola
Mário Pino
Braskem
Biodiversidade e BiotecnologiaJoão Augusti
Fibria
Andre Ferretti
Grupo Boticário
Comunicaão e EducaçãoKarla Melo
Vale
Glauce Ferman
Michelin
Energia e Mudanças do ClimaFabio Cirilo
Votorantim Cimentos
Adriano Barros
Vestas
Finanças SustentáveisMaria Eugênia Taborda
Itaú Unibanco
Nasser Takieddine
Santander
Logística e TransportesRicardo Kenzo
Siemens
Sergio Monteiro
Ticket Log
Impacto SocialFábio Abdala
Alcoa
Thiago Terada
Aegea
atuacao

Atuação global e multidisciplinar Redes e parcerias

O CEBDS está presente nas principais redes e fóruns de debate sobre sustentabilidade no Brasil e no mundo. Conheça a extensão das parcerias da organização e a multiplicidade de seus campos de atuação

 

Uma das características mais importantes da atuação do CEBDS é sua capacidade de se conectar a redes, organizações, empresas e iniciativas não governamentais em diversos segmentos, tanto no Brasil quanto no exterior. Contando com um amplo leque de parceiros e participando de forma ativa dos principais fóruns de discussão sobre o desenvolvimento sustentável, o CEBDS contribui de forma decisiva para o amadurecimento da sustentabilidade corporativa no país – com publicações, workshops, eventos e grupos de estudo dedicados a diversos temas sociais, ambientais e econômicos.

Para responder aos desafios colocados ao desenvolvimento sustentável no século XXI, o CEBDS se dedica à:

1. Transformação prática: oferecer insumos para que a sustentabilidade balize a tomada de decisão das empresas. 

2. Advocacy e networking: mobilizar empresas e atuar em rede para influenciar políticas públicas, visando transformar a economia do país para a construção de um futuro sustentável.

3. Formador de expertise em conceitos de vanguarda: disponibilizar pesquisa de vanguarda e ferramentas inovadoras para inspirar a ação de líderes em todos os setores da economia. 

Como porta-voz do setor empresarial brasileiro e representante do WBCSD, o sucesso do CEBDS está em sua capacidade estratégica de gerar conhecimento e unir múltiplos atores e agendas, concretizando parcerias e entregas.

Articulação em rede

Além de representar o WBCSD no Brasil, o reconhecimento do trabalho levou a instituição a atuar em articulação com diversas frentes. O CEBDS atualmente integra:

Internacional

- Carbon Pricing Leadership Coalition (CPLC)

- Conselho Mundial da Água;

- Natural Capital Coalition;

- Partnership for Market Readiness (PMR) Brasil

- We Mean Business;

- Conselho do CDP América Latina;

Nacional

-  CE100 Brasil;

- Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEM)_

- Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura;

- Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Mercado;

- Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República, o “Conselhão”;

- Comitê de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA);

- Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas;

- Iniciativa Empresarial em Clima (IEC);

- Low Carbon Business Action in Brazil da União Europeia;

- Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES);

- Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida (Rede ACV);

- Rio +B

Parceiros

A atuação do CEBDS é alicerçada em uma robusta gama de parceiros com os quais compartilha valores e princípios éticos.

  • Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)
  • Agência Nacional de Águas (ANA)
  • Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI)
  • Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás)
  • Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE)
  • Aldeias Infantis
  • CDP
  • Climate Bonds Initiative
  • Confederação Nacional da Indústria (CNI)
  • Conservação Internacional
  • Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
  • Envolverde
  • Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
  • Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
  • Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) 
  • Fundação Amazonas Sustentável (FAS)
  • Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS)
  • Fundação Dom Cabral (FDC)
  • Fundação Ellen MacArthur
  • Fundação Konrad Adenauer Stiftung
  • GIZ (Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável)
  • Global Reporting Initiative (GRI)
  • GVces
  • Instituto Clima e Sociedade (ICS)
  • Instituto Ethos
  • Instituto Neomundo
  • Instituto Trata Brasil
  • Imaflora
  • Ministério do Meio Ambiente (MMA)
  • Natural Capital Finance Alliance
  • Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV)
  • Pacto Global
  • Patri Políticas Públicas
  • Revista Horizonte
  • Skandinaviska Enskilda Banken (SEB)
  • SOS Mata Atlântica
  • The Nature Conservancy (TNC)
  • União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio)
  • União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)
  • United Nations Institute for Training and Research (UNITAR)
  • United Nations Environment Programme (UNEP ou PNUMA, na sigla em português)
  • United Nations Environment Programme Finance Initiative (UNEP FI)
  • We Mean Business
  • World Resources Institute (WRI)
  • WWF Brasil

*Tentamos não esquecer de ninguém, mas não hesite em nos contatar (cebds@cebds.org) se sua organização não estiver aqui. Vai ser um prazer contar com todos que fizeram parte desses 20 anos.

Agendas Multisetorais

Institucional

Visão Brasil 2050

Inspirado pelo projeto Vision 2050 – The new agenda for business, do WBCSD, o CEBDS lançou em 2012, durante a Rio+20, o Visão Brasil 2050 – A nova agenda para as empresas, um resumo das mudanças necessárias na sociedade e nos negócios para garantir uma presença humana mais sustentável no planeta até o ano 2050. São projeções e expectativas traçadas pelas próprias empresas, por órgãos governamentais, por representantes da sociedade civil e por especialistas. Concretizada com a participação de mais de 400 pessoas e a colaboração de aproximadamente 60 empresas, a Visão tornou-se fonte de inspiração para o planejamento estratégico de inúmeras empresas brasileiras, bem como uma referência para o governo dialogar com o setor privado.

Ação 2020

O Ação 2020 é a contribuição fundamental que o CEBDS e suas associadas esperam dar à superação de alguns dos principais desafios ambientais e sociais brasileiros até o ano de 2020. Inspirado na iniciativa Action 2020, do WBCSD, o Ação 2020 buscou, em sua primeira fase, identificar os objetivos da sociedade brasileira para 2020 – as chamadas Áreas Prioritárias da agenda do desenvolvimento sustentável e seus must have – ou objetivos determinantes a serem priorizados em cada uma das áreas (água; mudança do clima; uso da terra, mudança do uso da terra e segurança alimentar; biodiversidade e serviços ecossistêmicos; direitos e necessidades básicas; emprego e capacitação; e produção e consumo sustentáveis).

Coalizão Brasil Clima Florestas Agricultura

Empresários, produtores agrícolas, pecuaristas e organizações da sociedade civil se uniram na busca de soluções para as mudanças do clima apontando para um novo modelo de desenvolvimento, baseado na economia de baixo carbono. É a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, aliança multissetorial formada em dezembro de 2014. A Coalizão Brasil se pauta por um documento de 17 propostas concretas, voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e à economia de baixo carbono. O CEBDS é um dos fundadores da iniciativa. 

Agenda 2030 – ODS

Em setembro de 2015, os líderes mundiais reunidos na ONU aprovaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que definiu os 17 ODS. Os Objetivos dialogam com as políticas e ações nos âmbitos regional e local. Abrangem esforços para a erradicação da pobreza, promoção do crescimento econômico, ampliação do acesso à educação, à energia, à saúde e ao saneamento básico e o combate às mudanças do clima, entre outros temas. O WBCDS, a Global Reporting Initiative (GRI) e o Pacto Global elaboraram o SDG Compass, um guia com diretrizes para implementação dos ODS na estratégia dos negócios. A publicação, com informações que auxiliam as empresas a maximizarem a sua contribuição para os ODS, foi adaptada à realidade nacional em trabalho conjunto entre o CEBDS e as representações do Pacto Global e da GRI no Brasil. Em 2016 e 2017 foram realizadas oito edições dos workshops “Integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU na Estratégia Empresarial”, baseado no conteúdo do SDG Compass, que capacitaram cerca de 500 pessoas.

O CEBDS também participou da elaboração da versão brasileira do CEO Guide to the SDGs, guia lançado pelo WBCDS em março de 2017 para impulsionar o envolvimento dos líderes empresariais globais com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Outra iniciativa que conta com a participação do Conselho é o projeto Impacta ODS, criado em conjunto com a ONG Aldeias Infantis SOS, a GRI, o Instituto Maurício de Sousa e Rede Brasil do Pacto Global. Trata-se de uma série de 18 gibis da Turma da Mônica que retrata de forma lúdica o que são os ODS. Em novembro de 2017, a Assessoria Internacional do Governo do Estado de SP organizou o II Workshop para a Implementação dos ODS para, entre outras coisas, apresentar o material.

Agenda CEBDS – Por um País Sustentável

Foi lançada às vésperas das eleições presidenciais de 2014 e reunia um conjunto de propostas que perpassavam grandes macrotemas, como economia, energia, biodiversidade, cidades e desenvolvimento humano e tratando de questões referentes a instrumentos econômicos, parcerias público-privadas (PPPs) e reformas regulatórias. As propostas apontavam medidas a serem tomadas pelo poder público para destravar soluções de negócio que têm o potencial de impulsionar o desenvolvimento sustentável. Em um rico processo de debates, que envolveu os CEOs e o corpo técnico das empresas associadas, com apoio da Patri Políticas Públicas, as 150 propostas iniciais foram sintetizadas em 22, dando origem a uma carta assinada por 30 CEOs e publicada no jornal Valor Econômico. Essa agenda também foi entregue aos três principais postulantes à Presidência da República em 2014 e todos se comprometeram a dar continuidade ao diálogo caso fossem eleitos. A construção da Agenda CEBDS – Por um País Sustentável foi um modelo exportado para outros países e também embrião do Conselho de Líderes.

LCTPi – Low-Carbon Technology Partnerships Initiative

Como preparação para a COP 21 sobre Mudança do Clima, o CEBDS promoveu em outubro de 2015 a rodada brasileira do projeto LCTPi. O projeto foi uma iniciativa do WBCSD, da Agência Internacional de Energia (IEA) e da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDNS), que visava incentivar parcerias público-privadas para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono, em nível e velocidade consistentes com o objetivo de limitar o aquecimento global a menos 2ºC em comparação aos níveis pré-industriais.

A rodada brasileira, que contou com o apoio do We Mean Business, reuniu mais de 130 participantes e teve como resultado a elaboração de um conjunto de ações prioritárias nos temas de Agricultura, Biocombustíveis, Cimento, Energias Renováveis e Floresta. Em 2016, após a COP 21, o WBCSD apresentou a estimativa de que as propostas da LCTPi poderiam canalizar de US$ 5 a US$ 10 trilhões em investimentos para os setores de baixo carbono e gerar de 20 a 45 mil postos de trabalho por ano.

Conselho de Líderes

Criado em 2015, o Conselho de Líderes é formado por altos executivos de grandes empresas em atuação no Brasil e observadores da sociedade civil. Dialoga com o poder público a respeito de políticas públicas e saídas concretas para equilibrar sustentabilidade e competitividade. A origem do Conselho de Líderes remonta aos Ciclos de Encontros de CEOs, criados pela CT de Comunicação e Educação do CEBDS em 2013. Os líderes das empresas associadas se reuniram para discutir como o setor empresarial pode se articular e trabalhar junto com o setor público em prol da sustentabilidade. No ano seguinte, três novas edições do evento foram realizadas, em São Paulo. Esse processo culminou no lançamento da Agenda CEBDS: Por um País Sustentável. Passadas as eleições, o Conselho de Líderes se constituiu formalmente em março de 2015 como um fórum em constante aperfeiçoamento, capaz de reunir informações e gerar massa crítica a respeito de oportunidades que o empresariado enxerga e gostaria de apresentar ao governo.

O Conselho apresentou suas propostas diretamente para os então ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; para a então presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, e para a secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), Patricia Espinosa. Também foram realizados encontros com o Ministério dos Transportes, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e com parlamentares do Congresso Nacional. Os primeiros estudos elaborados a partir das discussões do Conselho foram lançados em maio de 2016: Financiamento à Energia Renovável: Entraves, Desafios e Oportunidades Consumo Eficiente de Energia Elétrica: Uma Agenda para o Brasil. Em abril de 2017, um novo estudo – Oportunidades e Desafios da NDC Brasileira para o Setor Empresarial – foi entregue ao ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e vem sendo usado como referência para o governo federal.

Repetindo o que foi feito de forma pioneira em 2014, o Conselho de Líderes iniciou no final de 2017 a construção de uma agenda que será apresentada aos candidatos à presidência em 2018. A primeira reunião para construir o documento foi realizada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Business & Sustainability Programme

O CEBDS e a Universidade de Cambridge trouxeram, pela primeira vez para a América Latina, o curso Business & Sustainability Programme, da Universidade de Cambridge (Inglaterra). Voltado para líderes do setor empresarial, o curso de liderança e sustentabilidade tem o objetivo de engajar lideranças e fazê-las entender as implicações estratégicas dos riscos e das oportunidades da sustentabilidade para os negócios e para o valor das empresas. Duas edições do curso já foram realizadas, ambas em São Paulo, promovendo a capacitação de cerca de 50 gestores, incluindo CEOs.

Criado em 1994, o Curso de Liderança e Sustentabilidade já inspirou o desenvolvimento de muitos programas e iniciativas similares ao redor do mundo, tendo educado mais de 2 mil líderes em suas oficinas de sustentabilidade. 

Produção e consumo sustentáveis

Manual de Compras Sustentáveis

Com o objetivo de auxiliar as áreas de Compras a adotar critérios de sustentabilidade nos momentos de decisão e contratação de fornecedores, o CEBDS lançou em 2014 o Manual de Compras Sustentáveis. O guia, inédito e voltado para o setor privado é uma ferramenta prática de orientação sobre a adoção de práticas sustentáveis de compras, tanto internamente com as áreas dedicadas ao tema quanto com seus fornecedores e clientes. O Manual foi utilizado pelo Comitê Olímpico Rio 2016.

Em 2017, foi apresentado no lançamento do projeto Quebrando Muros – criado pela CT de Comunicação e Educação para difundir noções de sustentabilidade entre os diversos setores que compõem as empresas. Entre os temas debatidos, estiveram o engajamento dos fornecedores, a resposta às metas corporativas e a construção de reputação associada à sustentabilidade.

Avaliação do Ciclo de Vida

Entre 2014 e 2016 o CEBDS foi responsável pela coordenação da Rede Empresarial Brasileira para o Ciclo de Vida. A Rede foi criada em 2012 por um grupo de empresas em parceria com a Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV) e o Instituto Akatu. A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma técnica que estuda os aspectos ambientais e os impactos potenciais (positivos e negativos) ao longo da vida de um produto ou serviço, desde a extração da matéria-prima até a destinação final. Permite mensurar os aspectos de sustentabilidade e possibilita que os consumidores e as empresas façam suas escolhas conhecendo os impactos socioambientais dos produtos, o que permite integrar a sustentabilidade ao processo de decisão. Atualmente, com o CEBDS, participam da Rede mais de 40 organizações de todos os setores (empresas, academia, governo e sociedade civil).

Relatos de sustentabilidade

Relato Integrado

O CEBDS desenvolveu um treinamento específico para capacitar empresas no pensamento integrado, com o intuito de gerar um relato integrado de informações financeiras e de sustentabilidade, a partir do framework do Conselho Internacional para Relato Integrado (IIRC, na sigla em inglês). As diretrizes do IIRC estão sendo adotadas por grandes empresas ao redor do mundo para buscar a integração dos indicadores socioambientais e financeiros, informando seu modelo de negócio, suas oportunidades e os riscos.

Reporting Matters e Reporting Exchange

O WBCSD publicou duas edições de um estudo sobre relatórios não-financeiros de seus associados – o Reporting Matters, cujo objetivo é mostrar as melhores práticas extraídas desse tipo de relato, estimulando o compartilhamento e a troca de experiências. O CEBDS, como coordenador da Rede Latino-Americana do WBCSD, adaptou o conteúdo do Reporting Matters para a região, analisando 186 relatórios dos associados de dez organizações empresariais, entre 2013 e 2015.  

O trabalho mostrou que os relatórios de sustentabilidade continuam sendo a forma dominante de divulgação de informações não financeiras, com 85% de aplicação das diretrizes da Global Reporting Iniciative (GRI), com a maioria deles utilizando as diretrizes em sua quarta versão (G4).

No fim de 2016, o WBCSD também lançou a plataforma Reporting Exchange, que disponibiliza mais de mil requisitos utilizados em 30 países para a produção de relatórios ambientais, sociais e de governança. O CEBDS participa do projeto piloto do Reporting Exchange desde março de 2015 e representa o Brasil na Rede Global do WBCSD.

Capacitação para padrões SASB

Para capacitar as empresas dos setores financeiro e extrativista nos padrões estabelecidos pelo Sustainability Accounting Standards Board (SASB), o CEBDS promoveu em 2015 um workshop sobre a forma de monitorar e reportar os indicadores. Cerca de 50 gestores empresariais participaram. Os padrões SASB focam em questões materiais de sustentabilidade a serem inseridas em relatórios mandatórios para empresas com capital aberto com ações negociadas nos EUA, tais como os formulários 20-F.

Capacitação em relatos para fornecedores

As grandes empresas cobram um desempenho cada vez melhor de sua cadeia de valor em índices de sustentabilidade. No entanto, a maior parte dos fornecedores são pequenas e médias empresas que têm dificuldade para mensurar e reportar indicadores sobre o tema. Em razão disso, o CEBDS, em parceria com a Global Reporting Initiative (GRI), desenvolveu um treinamento voltado para a elaboração de relatos de sustentabilidade para pequenas e médias fornecedoras das empresas associadas. Além da parte conceitual do processo de relato, o treinamento inclui estudos de caso e simulações práticas. Quatro encontros foram realizados em 2013 e outros cinco em 2015, envolvendo cerca de 40 fornecedores no total.

Cidades

Sustentabilidade Urbana: uma Nova Agenda para as Cidades

Lançado em 2017, o documento apresenta a compilação de importantes iniciativas de organizações do setor empresarial e da sociedade civil que visam estabelecer uma agenda sustentável nas cidades, incluindo parcerias público-privadas para esse fim. Também dá espaço a diretrizes para o desenvolvimento urbano sustentável, no âmbito global e nacional.

Habitat III

O CEBDS participou da terceira Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), realizada em Quito (Equador) em outubro de 2016. Maior evento global sobre moradia e desenvolvimento urbano, o Habitat III teve como principal destaque a aprovação da Nova Agenda Urbana, documento que reúne cerca de 175 princípios que deverão orientar a urbanização sustentável pelos próximos 20 anos.

O CEBDS contribuiu em duas mesas-redondas do evento: Creative Collaboration on Climate Change and Public Spaces Regeneration for Making Better Cities (“Colaboração criativa sobre a mudança do clima e a regeneração de espaços públicos para construir cidades melhores”) e Improving Living Conditions of the Informal Settlements in the Global South Cities (“Melhorando a qualidade de vida em assentamentos informais nas cidades globais do Hemisfério Sul”).

Rio Cidade Sustentável

O Rio Cidade Sustentável nasceu da ideia do CEBDS de reunir suas associadas em torno de ações de sustentabilidade em áreas urbanas carentes do Rio de Janeiro, com foco nos problemas considerados prioritários para os moradores. A iniciativa, pioneira no Brasil, quebrou dois importantes paradigmas. Inicialmente, ao promover a aproximação e a constante interlocução entre as empresas, o poder público e as comunidades. E também ao levar a sustentabilidade para o dia a dia de duas comunidades carentes do Rio de Janeiro, transformando esse conceito em algo prático na vida dos moradores da Babilônia e do Chapéu Mangueira. As experiências do projeto estão reunidas em uma publicação lançada em 2012.

As propostas do Rio Cidade Sustentável se dividem em sete frentes: Frente de Melhoria Habitacional Sustentável, Infraestrutura Urbana Verde, Agricultura Urbana Orgânica, Turismo Comunitário, Sustentabilidade nas Escolas e nos Lares, Gestão Comunitária de Resíduos Sólidos e Desenvolvimento de Empreendedores Locais. As ações foram definidas em conjunto com os moradores das duas comunidades e se destinaram à busca da independência das comunidades, gerando senso de propriedade, desenvolvimento socioeconômico local e inserção das comunidades no contexto urbano.

Água

Fórum Água

Em 2014, o CEBDS promoveu seu primeiro Fórum Água, para debater sobre os principais desafios enfrentados pelo setor empresarial na gestão dos recursos hídricos. A segunda edição do evento foi realizada em 2016, com painéis sobre infraestrutura verde; reúso e redução de perdas na distribuição e o papel do setor financeiro na questão. Em 2017, a terceira edição, o Fórum Água de Engajamento Empresarial, procurou qualificar as empresas brasileiras para a participação no 8º Fórum Mundial da Água.

Fórum Mundial da Água

Em março de 2017, a presidente do CEBDS, Marina Grossi, assumiu o comando do Grupo Focal de Sustentabilidade do 8º Fórum Mundial da Água, a ser realizado em março de 2018 no Brasil. O Fórum Mundial da Água é o maior evento do tema realizado mundialmente e, pela primeira vez, tem um grupo específico para debater sustentabilidade. Ele ocorre de três em três anos e tem como objetivo discutir os caminhos para evoluirmos para uma sociedade que conserve e use racionalmente nossos recursos hídricos. O CEBDS tem um papel decisivo e a incumbência de organizar a agenda de sustentabilidade do Fórum, contemplando uma série de iniciativas paralelas que ocorrerão durante os dias do evento.

Global Water Summit

Ainda em 2017, o CEBDS ajudou a organizar o Global Water Summit, realizado no Rio Amazonas (AM) pela Coca-Cola Brasil em parceria com o Fórum Mundial da Água. No evento, foi assinada a Carta de Parintins, com uma série de demandas e sugestões em torno de um entendimento coletivo sobre a preservação de recursos hídricos. Em agosto de 2017, durante o encontro da alta liderança do 8º Fórum Mundial da Água em Estocolmo (Suécia), a presidente do CEBDS, Marina Grossi, apresentou aos participantes a Carta de Parintins.

Ferramenta Acqua Gauge

Em 2014, o CEBDS adaptou a Acqua Gauge, ferramenta de gestão de recursos hídricos. Desenvolvida pela 
Coalition for Environmentally Responsible Economies (Ceres), rede empresarial fundada em 1989, a ferramenta visa oferecer informações que apoiem estratégias e decisões empresariais relacionadas aos recursos hídricos a partir da comparação com as melhores práticas empresariais globais. A adaptação da ferramenta para o Brasil buscou o levantamento das boas práticas no país a fim de identificar os melhores resultados a serem obtidos. A experiência da adaptação das duas ferramentas foi relatada em 2015, no Fórum Mundial de Água, na Coreia do Sul.

Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro

Em 2014, em parceria com o Instituto Trata Brasil, o CEBDS realizou uma pesquisa sobre os impactos para o setor empresarial da falta de saneamento no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cada dólar investido em saneamento representa uma economia de US$ 4 na saúde. A pesquisa buscou precisar esses dados no Brasil e alertar para os efeitos diretos e indiretos que esse grave problema de saúde pública tem nas corporações. A publicação mostra que o Brasil, sétima maior economia do mundo, está na posição de número 112 no ranking do saneamento. Revela ainda que a expansão do saneamento de 4,1% ao ano perdeu velocidade nesta década de 2010 – na anterior, era de 4,6% ao ano –, o que nos distancia ainda mais da já longínqua meta do governo federal de universalizar os serviços até 2030.

Coalizão Cidades pela Água: Capítulo Rio de Janeiro

A CTÁgua vem discutindo nos últimos anos como trabalhar uma abordagem coletiva de ações em bacias hidrográficas, com o objetivo de melhorar a segurança hídrica das fábricas das empresas associadas. Dentre as soluções discutidas, está o investimento em infraestrutura natural. Resultado da parceria do CEBDS com a The Nature Conservancy Brasil (TNC), a Coalizão visa preservar e construir uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do Rio Guandu, na qual algumas das empresas associadas ao CEBDS têm operações instaladas. A bacia é responsável pela provisão de 80% da água consumida na cidade do Rio de Janeiro. O projeto prevê a conservação de 14.000 hectares até 2020 em áreas críticas para a produção de água, por meio de parcerias entre governos municipais e estadual, setor privado, agência e comitê de bacias e representantes de produtores rurais.

White paper sobre crise hídrica no Brasil

Nos anos de 2014 e 2015, o Brasil viveu um momento crítico em relação à disponibilidade hídrica nos grandes centros urbanos. Neste contexto, a crise hídrica foi vastamente discutida nas reuniões da CT de Água ao longo de 2015. Como resultado, foi elaborado pela CT um posicionamento cujas mensagens foram disseminadas em todas as comunicações do CEBDS que se relacionaram com o tema. Entre as práticas de gestão de recursos hídricos destacadas no documento estão a promoção do uso eficiente da água nas instalações através de medidas como reúso e captação de água da chuva, e publicação de dados sobre consumo nos relatórios anuais das empresas associadas.

Eficiência no Uso da Água

Este estudo foi lançado em 2016 como um dos resultados do programa de capacitação sobre capital natural para instituições financeiras, que teve início em 2014 em parceria com a GIZ. O estudo Eficiência no Uso da Água: Oportunidades para Empresas e Instituições Financeiras é pioneiro na apresentação de informações relevantes para que bancos e empresas possam tomar decisões financeiras sobre o uso de tecnologias poupadoras de água. Foram analisadas 14 tecnologias viáveis para 10 setores de alto consumo. Os setores foram selecionados de acordo com seus coeficientes de consumo de água e representatividade no PIB brasileiro e a partir daí o estudo forneceu um parecer sobre a efetividade de cada tecnologia para fins de investimento. De acordo com o estudo, o potencial de mercado dessas tecnologias é de R$ 49 bilhões, dos quais R$ 25 bilhões poderiam ser financiados pelas instituições financeiras.

Biodiversidade, serviços ecossistêmicos e agricultura

CEBDS na COP de Biodiversidade

O CEBDS participa das (e também fomenta a participação do setor empresarial brasileiro nas) Conferências das Partes da Convenção da Diversidade Biológica (COP) desde a COP-8, realizada em 2006. Para a COP-10 (Japão), foi criado o Blog da COP, com conteúdo sobre a presença do CEBDS no evento. Na mesma edição, foi lançada a publicação Biodiversity: Brazilian business cases, com exemplos de empresas que já consideram a biodiversidade em sua gestão, e promovido o evento paralelo Biodiversity and Business Action, com a participação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Durante a COP-11, realizada em 2012, na Índia, o CEBDS lançou a publicação Biodiversidade e serviços ecossistêmicos: as experiências das empresas brasileiras. A organização também promoveu o evento paralelo Business and Biodiversity: Valuing Ecosystem Services, a respeito da incorporação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos nas empresas. Além disso, o CEBDS participou do encontro dos membros da Plataforma Global de Biodiversidade e Negócios da ONU. Essas atividades foram reportadas no Blog do CEBDS, dedicado à cobertura de eventos.

Já na COP-12, em 2014, na Coreia do Sul, o Conselho lançou uma publicação sobre como as empresas brasileiras estão contribuindo para o alcance das Metas Nacionais de Biodiversidade. Além de marcar presença de forma institucional, o CEBDS apoia as empresas brasileiras que desejam participar das COPs, ajudando no seu credenciamento, fornecendo informações sobre as negociações e parcerias em curso, e organizando eventos preparatórios a respeito das discussões das Conferências.

Indicadores de Biodiversidade GRI – Análises e propostas do setor empresarial 

Com essa publicação, lançada em 2016, o CEBDS endereçou à GRI recomendações específicas para seus gestores, sugerindo a revisão dos indicadores de biodiversidade e das diretrizes definidas pela instituição. Os indicadores de biodiversidade da GRI são usados para aferir quantitativa e qualitativamente o desempenho de organizações em questões como proteção ambiental, programas de mitigação de impactos e recuperação de áreas degradadas. O estudo aponta que essas propostas, se e quando adotadas, deverão aumentar o número e o interesse de empresas em relatar suas informações sobre biodiversidade.

O conteúdo da publicação foi apresentado à GRI em outubro de 2016, durante o evento de lançamento das Normas GRI no Brasil. A reunião marcou o encerramento da primeira etapa do projeto (elaboração do estudo e apresentação das conclusões). O CEBDS continua em contato com a instituição para ajudar a avançar na revisão e na adaptação dos indicadores às realidades de países diversos.

Pagamento por Serviços Ambientais

O CEBDS lançou o guia Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) para oferecer subsídios às discussões sobre o marco legal que regulamenta a prática. A publicação reúne as perspectivas de diversas instituições – agências de governo, organizações da sociedade civil e empresas – sobre o arranjo ideal para uma política pública focada em PSA. Atualmente, por meio da Coalizão Brasil Clima e Floresta, o CEBDS promove ações de advocacy para que o Brasil crie uma legislação nacional nesse sentido.

Oficinas de capacitação sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos

Por meio da CT de Biodiversidade e Biotecnologia, uma série de oficinas de capacitação sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos (SE) foi realizada entre os anos de 2011 e 2012, oferecendo às empresas associadas uma oportunidade de encontro e diálogo sobre o tema. Foram apresentados conceitos e ferramentas de avaliação e valoração de biodiversidade e SE, com discussões importantes sobre a aplicabilidade de cada ferramenta para diferentes perfis de empresa, as escalas de avaliação e as oportunidades advindas dessas análises. A necessidade de ampliar a capacidade empresarial para a avaliação dos SE foi um tema recorrente, assim como a divulgação de informações das empresas que já conduziram internamente diferentes abordagens dos SE.

Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos

O CEBDS integra a Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE) em conjunto com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces) e o World Resources Institute (WRI), com o suporte da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). A PESE é uma plataforma para que empresas brasileiras compreendam e gerenciem seus impactos e os riscos e oportunidades de suas dependências sobre os ecossistemas, e permitirá a permanente troca de experiências, priorizando a construção conjunta e a evolução contínua dos participantes.  

A segunda fase da PESE teve como objetivo promover estratégias de negócios que aliem o desempenho empresarial à gestão sustentável dos ecossistemas e da biodiversidade. O CEBDS participou de seis workshops e assessoria técnica, as empresas receberam o treinamento para o uso das ferramentas Ecosystem Services Review (ESR) e Corporate Ecosystem Valuation (CEV), metodologias pioneiras criadas pelo WRI e pelo WBCSD, entre outros parceiros, para ajudar empresas a lidar com os riscos e as oportunidades decorrentes da mudança nos ecossistemas.

Financiamento para Pequenos e Médios Produtores Rurais

Foi elaborada cartilha, lançada em 2014, que pretende aproximar esse relevante segmento do setor agropecuário a questões relacionadas à agricultura sustentável. Seu objetivo é apresentar, de forma simples e direta, produtos e programas de financiamento e de suporte técnico disponíveis aos pequenos e médios produtores rurais e, assim, facilitar a mudança de modelo de produção da agricultura na direção da sustentabilidade.

Protocolo do Capital Natural

O Protocolo é o primeiro framework padrão global para a avaliação de impacto/dependência e riscos/oportunidades, desenvolvido para ajudar os negócios a gerarem informações confiáveis e práticas que possam ser usadas no processo de tomada de decisão das empresas, inserindo o capital natural como parte do contexto produtivo. O CEBDS acompanhou e participou de todo o processo de elaboração do Protocolo junto à Natural Capital Coalition e ao WBCSD, redes da qual faz parte.

Clima e energia

CEBDS nas COPs de Clima

O CEBDS vem participando de todas as Conferências das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima desde 1998. Na COP-4 (Buenos Aires, 1998), foi o único representante do setor privado a participar. Na COP-9 (Milão, 2003), a entidade integrou debates importantes sobre reflorestamento e Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Já na edição seguinte (Buenos Aires, 2004), o CEBDS apresentou projetos pioneiros de empresas brasileiras no mercado de carbono. Na COP-13 (Bali, 2007), foram mostrados mais projetos sobre florestas e biocombustíveis.

Em algumas conferências, como na COP-15 (Copenhague, 2009) e na COP-18 (Doha, 2012), o CEBDS organizou eventos paralelos, nos quais foram lançadas publicações e divulgados estudos. Um exemplo foi o lançamento, na COP-19, em 2013, do estudo Recomendações para Política de Energia Elétrica do Brasil, que propõe caminhos para que a matriz elétrica brasileira seja fortalecida de forma sustentável. Na COP-22 (Marraquexe), o CEBDS participou de uma discussão sobre o mercado de carbono; no mesmo evento paralelo, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), aconteceu o lançamento da publicação Precificação de carbono: o que o setor empresarial precisa saber para se posicionar. As participações nas COPs 21, 22  e 23 mereceram hotsites especiais (http://cebds.org/cop21/http://cebds.org/cop22/cop22 e http://cop23.cebds.org/agenda/) detalhando todas as iniciativas desenvolvidas. 

Além de marcar presença de forma institucional, o CEBDS apoia as empresas brasileiras que desejam participar das COPs, ajudando no seu credenciamento, fornecendo informações sobre as negociações e parcerias em curso, além de organizar eventos preparatórios a respeito das discussões das conferências.

Eficiência Energética em Edificações

Em conjunto com o CEBDS, o WBCSD promoveu no Rio de Janeiro, em 2015, o Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (EEB, na sigla em inglês). Por três dias, o EEB Lab-RIO uniu investidores, designers, empresas de engenharia, facility operators, usuários e administradoras para dialogar, identificar barreiras e definir ações, visando um aumento da eficiência energética nas edificações da cidade do Rio. O objetivo do EEB Lab-Rio era elaborar um plano de ação para alcançar transformações de mercado a partir de compromissos assumidos pelas instituições participantes. Essa iniciativa é realizada em outras quatro cidades no mundo: São Francisco, Xangai, Varsóvia e Houston. 

Gestão de Riscos Climáticos

O projeto de gestão de risco climático na Inclusão de Mudanças Climáticas na Gestão de Riscos visa sensibilizar as equipes das empresas associadas sobre a questão da mudança do clima e sobre seu impacto no core business  da empresa, capacitando-os no gerenciamento do risco ambiental. O objetivo é prover esses profissionais de conhecimento técnico para identificar, avaliar e desenvolver estratégias de respostas aos riscos específicos em seus negócios. Sobre esse mesmo tema, o CEBDS lançou em 2015 a publicação Riscos Climáticos: como o setor empresarial está se adaptando? para contribuir na incorporação do fator “clima” no planejamento estratégico das empresas, em especial no processo de gestão de riscos.

Programa de Gestão de Carbono na Cadeia de Valor

A primeira edição do projeto promoveu, em 2012, a capacitação de 32 fornecedores da Vale, Votorantim, Banco do Brasil e Itaú para elaboração de inventários de emissão de gases de efeito estufa (GEEs). O programa nasceu da constatação de que grande parte das emissões não é proveniente dos processos produtivos nem do subproduto da energia gerada para esse processo, mas, sim, da cadeia de fornecedores. Dos 32 fornecedores capacitados, 22 apresentaram total ou parcialmente inventários de emissão de GEE às empresas participantes.

A segunda edição do Programa de Gestão, que aconteceu em 2013, capacitou 101 fornecedores das empresas Banco do Brasil, Braskem, Cemig, Coca-Cola, Ipiranga, Itaú Unibanco, Petrobras, Schneider, Vale e Votorantim. Dos 101 fornecedores capacitados, 30 finalizaram seus inventários. Na terceira edição, o Programa capacitou 123 fornecedores das empresas Braskem, Cemig, CPFL Energia, Banco Itaú, Petrobras, Schneider Eletric, Vale e Votorantim. Já na quarta edição, o Programa capacitou 62 fornecedores das empresas Grupo Abril, Banco Bradesco, Cemig e Banco Itaú.

Oportunidades e Desafios da NDC brasileira para o Setor Empresarial

Além de fazer uma avaliação das metas assumidas pelo Brasil sob uma perspectiva macroeconômica, a publicação lançada pelo CEBDS em 2017 destrincha as oportunidades e desafios colocados para os cinco setores contemplados na NDC: florestal, energia, agropecuário, industrial e de transportes. Trata-se do primeiro estudo amplo produzido pelo setor privado a analisar a fundo as perspectivas e limitações apresentadas pela NDC brasileira.

Em abril, o estudo foi apresentado oficialmente ao Ministério do Meio Ambiente e entregue ao ministro Sarney Filho. O conteúdo será utilizado no documento-base de implementação da NDC, ainda em formulação pelo governo federal.  

Estratégias de Longo Prazo (ELPs)

O estudo, lançado em 2017, visa identificar e recomendar elementos que devam ser considerados pelo setor privado brasileiro para construção de suas estratégias de longo prazo (ELPs) com vistas ao desenvolvimento com baixa emissão de gases de efeito estufa (GEEs) – especificamente para o período entre 2030 e 2050. O trabalho traz conclusões importantes sobre o estágio atual de maturação dessas estratégias, além da proposição de elementos que considerem uma economia de baixo carbono que proporcione vantagens competitivas para a economia nacional.

Consumo Eficiente de Energia Elétrica: uma Agenda para o Brasil

Neste estudo de 2016, procurou-se identificar o potencial de conservação de energia elétrica do Brasil e definir cenários de conservação para o horizonte 2030, cujos benefícios serão avaliados a partir da simulação da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Também gerado a partir dos debates do Conselho de Líderes, o estudo foi reformulado a partir da apresentação da NDC brasileira, incluindo suas determinações e desafios.

A publicação contempla as consequências de três diferentes cenários para a economia brasileira até 2030: redução de 10% no consumo de energia (previsão original do governo federal), redução de 15% e redução de 20%. Nesses contextos, identificou-se o potencial de conservação de energia elétrica do Brasil e as principais barreiras ao aproveitamento desse potencial, com a proposta de um plano de ação para superar os desafios e a avaliação dos custos necessários em cada um dos cenários apresentados. 

Precificação de carbono

O CEBDS ocupa assentos na Carbon Pricing Leadership Coalition (CLPC), iniciativa criada pelo Banco Mundial, e no Partnership for Market Readiness (PMR), dois dos mais importantes fóruns globais de estudo do mercado de carbono. Sobre o tema, a instituição lançou os estudos Navegando por Cenários de Precificação de Carbono (2014) e Guia de Precificação de Carbono (2015, em parceria com a Febraban), que buscam esclarecer seus mecanismos e exemplos de aplicação por governos, empresas e investidores. As publicações foram seguidas por uma roda de conversa sobre sustentabilidade e competitividade na gestão de carbono das cadeias de fornecedores, realizada em 2016; no mesmo ano, um workshop promovido em conjunto por CEBDS, We Mean Business e o Carbon Disclosure Project (CDP) reuniu palestrantes internacionais para debater a precificação.

Ainda em 2016, a Iniciativa Empresarial em Clima (IEC) lançou seu posicionamento sobre os mecanismos de precificação do carbono. O documento defende a definição de uma metodologia de precificação do carbono no Brasil e convida as empresas a se engajarem neste debate. A IEC é formada pelas seguintes entidades: Carbon Disclosure Project (CDP), CEBDS, Envolverde, Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces), Instituto Ethos e Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas. Em 2017, uma outra publicação do CEBDS sobre o tema (Precificação de carbono: o que o setor empresarial precisa saber para se posicionar) foi destacada na segunda assembleia de alto nível da Carbon Pricing Leadership Coalition (CPLC), evento que contou com a participação da presidente do CEBDS, Marina Grossi.

We Mean Business

A campanha global We Mean Business reúne o setor empresarial em torno de uma grande revolução baseada na economia de baixo carbono. São inúmeras empresas espalhadas pelo mundo que buscam uma nova forma de lidar com a mudança do clima e conectar seus negócios ao desenvolvimento sustentável, para gerar mais riqueza, segurança e prosperidade para todos.

Como prioridades, o We Mean Business procura focar em três temas: precificação de carbono, incentivo a energias renováveis e eficiência energética. O CEBDS atua na implementação de planos de curto e médio prazos, apoiando eventos e inciativas que estejam alinhadas com o posicionamento da instituição em torno das mudanças do clima.  

Comunicação

Guia de Comunicação e Sustentabilidade

Coordenado pela CT de Comunicação e Educação, o Guia foi lançado em 2009 e até hoje é considerado uma referência no mercado. É fundamentado em uma pesquisa realizada com 25 empresas que responderam à pergunta “Comunicação e Sustentabilidade: o que sua organização pensa e faz nesta área?”. O CEBDS se inspirou no triple bottom line e inovou sugerindo a reflexão sobre comunicação e sustentabilidade em três eixos: a comunicação da sustentabilidade; a comunicação para a sustentabilidade; e a sustentabilidade da comunicação.

Série Brasil 2050 (Miração Filmes)

Idealizada pelo CEBDS, com realização da Miração Filmes e patrocínio da Shell, a série teve sua primeira temporada de 13 episódios exibida pelo canal Curta!, em 2014. Tendo o documento Visão Brasil 2050 como pano de fundo, a série percorre o território brasileiro apresentando projetos, ações e iniciativas bem-sucedidas de sustentabilidade nas empresas, nos governos e na sociedade civil, que servem de inspiração para a construção de um país mais sustentável.

Na segunda temporada (2016), outros 13 episódios abordaram os seguintes temas: desenvolvimento local, valor compartilhado, biodiversidade e florestas, mobilidade urbana, energia, água, agricultura, construção, resíduos e economia. 

Guias de Sustentabilidade para Empresas

Com o objetivo de tornar a sustentabilidade horizontal nas organizações, com um olhar específico para diferentes áreas das grandes companhias associadas, o CEBDS desenvolveu os Guias de Sustentabilidade para as Empresas.  As publicações facilitam a disseminação dos conceitos e práticas de sustentabilidade para áreas e departamentos internos das empresas, como os de Recursos Humanos, Jurídico, Compras, Financeiro, Administrativo, Comunicação e Marketing, entre outros. Os dois primeiros volumes foram lançados em 2014, voltados respectivamente para a gestão de pessoas e para finanças. No ano seguinte, o CEBDS lançou dois novos Guias – um de marketing e outro de inovação.

Ação em redes sociais

Em 2017, o CEBDS começou a articular suas empresas associadas para atuarem conjuntamente em redes sociais. A ideia era criar um novo espaço de articulação de ideias e troca de experiências entre as associadas, dando visibilidade às empresas (e também ao CEBDS) e promovendo a aproximação de agendas comuns.

A primeira ação chamada #JuntosPeloClima mobilizou 17 empresas, entrou no ar em janeiro de 2017 e teve como tema a contribuição do setor empresarial brasileiro para o alcance das metas do Acordo de Paris. Alcançando mais de 857 mil perfis entre janeiro e fevereiro desse ano, a corrente foi iniciada a partir de um post provocativo do CEBDS sobre o tema. A segunda ação foi iniciada em agosto de 2017, chamou-se #PorUmMundoMelhor, reuniu 20 empresas e teve como foco a atuação das empresas em prol dos ODS.  

Projeto Quebrando Muros

Visando fomentar conceitos e práticas da Sustentabilidade dentro de áreas estratégicas das empresas associadas ao CEBDS, o projeto Quebrando Muros promove webinars temáticos. O primeiro webinar realizado em agosto de 2017 teve como tema “Compras Sustentáveis” e como público-alvo os profissionais envolvidos com o processo de compras das empresas. Nele, o CEBDS apresentou o Manual de Compras Sustentáveis e o Grupo Boticário abordou sua experiência prática nessa área. O segundo webinar, realizado em outubro, abordou o Guia de Emissão de Títulos Verdes no Brasil, teve como público a área financeira das empresas associadas ao CEBDS e contou com a exposição de cases do BNDES e da CPFL Renováveis.

Finanças sustentáveis

Microcrédito e Microsseguros no Brasil

A CT de Finanças Sustentáveis elaborou um documento para fomentar a discussão e ampliar a viabilidade financeira desse modelo de negócios. Iniciativa inédita no Brasil, conduzida integralmente pelos integrantes da CT, a publicação foi lançada em outubro de 2013 e mostra que a microfinança tem o potencial de minimizar a desigualdade social e gerar sustentabilidade financeira para o Brasil. Os bancos Bradesco, Santander, Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e as seguradoras Allianz Seguros, BB Mapfre e Bradesco Seguros participaram da publicação e contribuíram com seus cases e experiências.

Destravando o Financiamento à Eficiência Energética no Brasil

A publicação Destravando o Financiamento à Eficiência Energética no Brasil: Soluções financeiras e não financeiras foi lançada em 2014. Tem por objetivo identificar os entraves que impedem ou dificultam o acesso do setor empresarial aos recursos disponíveis para financiamentos em sustentabilidade, com foco em eficiência energética, e propor mudanças que minimizem essas dificuldades.

Após o detalhamento das barreiras mais relevantes, o estudo sugeriu instrumentos financeiros e não-financeiros de superação desses entraves. Entre eles, destacam-se modelos alternativos de priorização de projetos, contratos de performance, fundos não reembolsáveis, capacitação de empresas e instituições financeiras, engajamento de agentes certificadores e estabelecimento de governança para eficiência energética.

Financiamento à Energia Renovável

O CEBDS encomendou este estudo, lançado em 2016, para identificar os entraves que impedem ou dificultam o acesso aos recursos disponíveis para financiamentos a projetos de energia renovável e propor soluções para eliminar ou amenizar essas barreiras. Dadas as novas condições estruturais e conjunturais da economia brasileira, é imprescindível desenvolver novas fontes de financiamento para permitir o próximo

salto nos investimentos em fontes renováveis, e essa realidade é abordada em detalhes na publicação.

Financiamento à Energia Renovável foi o primeiro estudo resultante das discussões travadas pelo Conselho de Líderes (ler mais sobre o tema na seção Institucional). Entre as inovações propostas, estão o uso de instrumentos financeiros como Títulos Verdes, contratos de venda de energia (PPAs – power purchasing agreement) e a criação de um fundo público de facilitação do hedge cambial (proteção para investidores contra oscilações inesperadas nas taxas de câmbio).

Capital Natural para o Setor Financeiro

Em 2014 e 2015, o CEBDS – em parceria com a GIZ – promoveu dois workshops voltados à abordagem do capital natural no setor financeiro. As oficinas contaram com a participação de representantes da GIZ, do WWF e da consultoria TruCost – avaliando a exposição do mercado financeiro ao risco de capital natural, identificando os setores de alto risco e mostrando como os impactos das empresas se traduzem em riscos financeiros.

Em 2016, a discussão prosseguiu com o workshop “A Valoração do Capital Natural no Brasil”, realizado em parceria com a Valuing Nature. O evento girou em torno da importância de se atribuir valor ao capital natural, as metodologias existentes, o avanço trazido pela publicação do Protocolo de Capital Natural e casos práticos de empresas associadas.

Em 2017, o CEBDS realizou um workshop para consultar o setor financeiro sobre o Suplemento do Protocolo de Capital Natural, estimulando o desenvolvimento de um guia padronizado. O evento foi a primeira ação do hub brasileiro da Natural Capital Coalition e teve apoio da United Nations Environment Programme Finance Initiative (UNEP FI) e da Natural Capital Finance Alliance (NCFA).

Conselho Brasileiro de Finanças Verdes

Idealizado pelo CEBDS e pela Climate Bonds Initiative, foi criado em outubro de 2016 com o nome de Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Mercado, e conta com a participação de cerca de 25 representantes de fundos de pensão, de bancos públicos e privados, de seguradoras, de instituições do mercado local e dos setores industriais chave para discutir e alavancar ações e fluxos de informação sobre finanças verdes que já estejam em andamento. Em setembro de 2017, a iniciativa foi rebatizada como Conselho Brasileiro de Finanças Verdes.

Nesse mesmo ano, o CEBDS participou da criação da Parceria Brasil-Reino Unido em Finanças Verdes, um compromisso entre os dois países para promover o crescimento econômico sustentável mútuo. A parceria será crucial para o aprofundamento dos laços de desenvolvimento entre os países, focando em inovação, liderança ética e estímulo aos fluxos de capital verde.

Guia para Emissão de Títulos Verdes

O Guia, lançado em 2016, tem como objetivo orientar os participantes e interessados no mercado de títulos de renda fixa no Brasil a respeito do processo de emissão de Títulos Verdes. A publicação foi conduzida pela CT de Finanças Sustentáveis do CEBDS e pelo Grupo de Trabalho de Green Bonds da Febraban, com o apoio técnico da SITAWI Finanças do Bem e do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces). Em 2017, o Guia foi premiado como Iniciativa do Ano pelo Green Bond Awards 2017 da Environmental Finance.

Até o lançamento do Guia, uma única empresa brasileira (a BRF) havia emitido Títulos Verdes. Após a divulgação da publicação, quatro empresas associadas ao CEBDS (BNDES, CPFL Renováveis, Fibria e Suzano) também lançaram mais Títulos. O BNDES ainda criou o Fundo de Energia Sustentável, que associa o desenvolvimento de infraestrutura energética à novos Títulos Verdes.

Eles também foram abordados em uma série de workshops em parceria entre a GIZ e o Banco Skandinaviska Enskilda, com o apoio do CEBDS. O foco foi no desenvolvimento desse mercado em economias emergentes do G20. Também apoiaram a ação a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o United Nations Environment Programme – Finance Initiative (Unep FI) e o Center for International Climate and Environmental Research – Oslo (Cicero). O primeiro evento, que abordou os tópicos de definições, seleção e verificação, foi realizado nos dias 13 e 14 de dezembro de 2016 em São Paulo, com a participação de 8o representantes do governo, academia, empresas e consultorias. O segundo, focado em monitoramento, reporte e aspectos do mercado, foi realizado nos dias 4 e 5 de abril de 2017 em São Paulo.

Social

Gestão Empresarial do Impacto Social

Organizada pela CT de Impacto Social, a publicação de 2016 busca trazer para o ambiente corporativo uma discussão aprofundada sobre as práticas de avaliação do impacto social dos negócios, diante das necessidades estratégicas das empresas. O lançamento aconteceu na Fiesp, em São Paulo, no dia 6 de julho daquele ano, para uma audiência de cerca de 200 pessoas, e contou, na abertura, com discursos de Marina Grossi e de Alberto Ogata, diretor adjunto do Comitê de Responsabilidade Social da Fiesp. A publicação também foi apresentada durante o seminário “Gestão Empresarial do Impacto Social”, realizado em dezembro de 2016 com representantes de empresas associadas ao CEBDS.  

Primeiro Prêmio CEBDS de Liderança Feminina

Com o objetivo de reconhecer e valorizar as mulheres que estão trabalhando para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas empresas associadas, o CEBDS realizou em setembro de 2017 a primeira edição do Prêmio CEBDS de Liderança Feminina. O evento foi inspirado na premiação Leading Women, criada também em 2017 pelo WBSCD para congratular mulheres líderes em diversos segmentos empresariais.

A premiação do CEBDS reconheceu três mulheres por suas realizações para o avanço nos objetivos propostos pela ONU: Bruna da Silva, coordenadora de responsabilidade social da Votorantim Metais; Patrícia Molino, sócia e líder de People & Change da KPMG; e Tânia Cosentino, presidente para a América do Sul Schneider Electric. As vencedoras foram apontadas por uma comissão julgadora independente formada por Alda Marina Campos, Daniela Lerda, Fábio Scarano, Glaucia Terreo, Preto Zezé e Tatiana Botelho. A cerimônia foi realizada no dia 13 de setembro, em São Paulo, no seminário O Papel das Empresas na Nova Economia.

Logística e transportes

below50

Trata-se de uma colaboração global que tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do mercado global e nacional de combustíveis sustentáveis. O projeto busca criar demanda para combustíveis que, como o etanol e o biodiesel, emitam 50% menos CO2 do que os combustíveis tradicionais. Criado pelo WBCSD, o below50 responde aos desafios apontados pela iniciativa LCTPi. O CEBDS é responsável pela liderança do below50 na América do Sul, dando origem, em março de 2017, ao below50 – Hub América do Sul, que busca adaptar o projeto global ao contexto da região.

Em parceria com o governo federal e com apoio de diversas instituições, como a Apex, o CEBDS organizou o I Biofuture Summit em outubro de 2017. Nesse evento foi realizado o Roadshow do below50 – Hub América do Sul.

Estudo de Ferrovias Eletrificadas

Com o Estudo de Melhoria e Desenvolvimento de sistemas de Transporte de Cargas por Malha Ferroviária Eletrificada, publicado em 2016, o CEBDS complementou o trabalho do Conselho de Líderes em prol da construção de soluções de negócios sustentáveis. A publicação ressalta os benefícios da utilização do transporte ferroviário de cargas em termos não apenas financeiros, mas, sobretudo, ambientais e sociais.

Mobilidade Corporativa

A parceria entre o CEBDS e o World Resources Institute (WRI) Brasil Cidades Sustentáveis, firmada em setembro de 2015, teve por finalidade o desenvolvimento de um estudo que indicou o potencial econômico da implementação de medidas de mobilidade corporativa que estimulem o uso de meios de transporte mais sustentáveis. Tais medidas podem gerar redução de custos com benefícios voltados ao uso de veículos privados. Essas questões são abordadas no estudo Mobilidade Corporativa: Potencial Econômico de Sua Implementação, publicado em 2016.

Manual de Segurança Viária

Os acidentes de trânsito estão entre as principais causas de mortes prematuras ou lesões permanentes no Brasil. Em contribuição para o esforço de mudar esse quadro, o CEBDS e o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) elaboraram em 2015 o Manual de Segurança Viária. Contendo uma relação de boas práticas ligadas ao comportamento no trânsito e à mobilidade, a publicação pretende desenvolver um modelo capaz de aumentar a segurança viária, invertendo os impactos negativos hoje provocados pelos acidentes tanto nas empresas quanto para a sociedade. As ações voltadas para melhorar a segurança viária também trazem benefícios para as empresas – como aumento de produtividade e a redução de afastamento de colaboradores, entre outros.

Seminário “Os Desafios da Mobilidade Urbana"

Realizado em Campinas (SP) em janeiro de 2016, o evento foi uma iniciativa do WBCSD, coordenada pelo CEBDS e pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), em parceria com o WRI Brasil Cidades Sustentáveis. As palestras abordaram temas como a mobilidade sustentável e soluções viárias como o bus rapid transit (BRT), compartilhamento de bicicletas e de automóveis. Também foi apresentado o Projeto de Mobilidade Sustentável 2.0 (SMP 2.0), desenvolvido pelo Emdec e pelo WBSCD.

Futuro Para 2050
e além

Como o CEBDS trabalha com seus associados e parceiros para construir uma agenda capaz de enfrentar os desafios futuros da humanidade

 
futuro

Um caminho sustentável para 2050 e além

Em 2050 seremos 10 bilhões de pessoas no mundo. Por mais que existam pesquisas para orientar nossa ação hoje na busca por um amanhã melhor, instabilidades geopolíticas, potenciais disrupções causadas por avanços tecnológicos e as mudanças no sistema climático tornam difícil a projeção de um futuro sem preocupações. Diante das incertezas geradas por esses e outros fatores, há a necessidade de organizar ações que integrem diversos setores da sociedade, de forma colaborativa.

No dia 1º de janeiro de 2016, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável entrou em vigor em todo o planeta. Aprovada durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015, pretende dar continuidade e amadurecimento às ações iniciadas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que vigoraram até aquele ano. O documento possui uma Declaração com 17 objetivos globais conhecidos por Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e 169 metas, além de apresentar meios de implementação e de parcerias, e um arcabouço para seu acompanhamento e revisão. Esse documento é o principal norteador das ações das empresas, governos, instituições, academia dentre outros até 2030. No Brasil, formou-se, em 2014, uma força-tarefa com representantes do governo federal e de organismos das Nações Unidas com atuação no país para elaborar e apresentar subsídios sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015, com vistas a contribuir para a elaboração, bem como a futura execução dessa agenda no país. O CEBDS participou dessa articulação, como representante do setor produtivo.

Agora que a Agenda 2030 está em vigor, o CEBDS atua para garantir que o setor empresarial contribua para a implementação dos ODS. Estudo divulgado pela Rede Brasil do Pacto Global revelou que grande parte das empresas brasileiras já desenvolve iniciativas em linha com a Agenda 2030 ou está em fase de planejamento para adequar suas operações.

Enquanto isso, os especialistas preveem que nas próximas décadas o crescimento econômico mais acentuado ocorrerá nas economias emergentes e em desenvolvimento. À medida que esse crescimento avançar, mudanças substanciais serão necessárias para atender às novas demandas de consumo, vindas tanto da população quanto dos setores produtivos. Se a comunidade empresarial tiver a capacidade de liderar o processo de mudanças com decisões integradas aos interesses coletivos, a sociedade poderá viver melhor no presente sem comprometer seu próprio futuro. A incorporação da sustentabilidade ao planejamento de longo prazo das empresas é uma mudança fundamental para que a sociedade seja capaz de lidar de modo positivo com todas essas mudanças – e o CEBDS é um dos protagonistas dessa ação.

O CEBDS e seus associados estão construindo uma agenda comum que congregue desenvolvimento e sustentabilidade no Brasil, com medidas econômicas de curto, médio e longo prazos integradas às dimensões ambiental e social – e conectando também as iniciativas de cunho socioambiental com a dimensão econômica. Um desenvolvimento sustentável, que preserve os ativos ambientais e garanta qualidade de vida, só pode ser alcançado com a integração dessas três dimensões. Os esforços globais para brecar emissões de GEE, a revisão de processos produtivos menos impactantes, o reúso de matéria-prima e a busca por novas fontes de energia são alguns dos pontos que devem se traduzir em oportunidades de negócios no futuro próximo. O CEBDS está atento a todas as discussões globais e traz para sua rede experiências exitosas nesse sentido. A gestão das empresas será cada vez mais responsável e incorporada a agendas globais, como a inclusão  de pessoas no mercado de trabalho e equiparação de gênero, entre outros.

Acompanhe o CEBDS e faça parte dessa transformação!

Créditos

Uma realização CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

 

Coordenação CEBDS

Área de Relacionamento Institucional e Comunicação

Redação, edição, projeto gráfico e webdesign

Report Sustentabilidade (www.reportsustentabilidade.com.br)

Revisão

Alícia Toffani

Patrocínio Prata

Patrocínio Bronze


Um agradecimento especial a todos os funcionários que passaram pelo CEBDS desde 1997*:

Adriano Rosa Darperio

Ana Carolina Avzaradel Szklo

Ana Cristina

Ana Paula Jesus de Souza

Ana Rosa Reis de Gusmão

André Villaça Ramalho

Arthur Eduardo Moura

Beatriz de Bulhões

Beatriz Martins Carneiro

Benedito Carlos de Carvalho

Bianca Melo da Silva

Carla Branco

Carlos Augusto de Carvalho Correa

Carolina Batista Bianco

Cecilia Baptista Gomes

Diogo Mattos

Eduardo Eugênia Gouvêa Vieira

Eduardo Henrique Gomes Nunes

Eduardo Leão

Eliane Patricia Mesquita Martins

Érica Guimarães Alves Fernandes

Fabio Marcos da Silva

Felix de Bulhões

Fernanda Pontual

Fernanda Resende de Souza

Fernanda Sousa Gimenes

Fernando Almeida

Fernando Ferraz Malta

Flávia Carvalho Ribeiro

Flávia Moreira da Cunha

Flavio Alves de Almeida

Franklin Feder

Gyssele Fabia Mendes Pereira

Henrique Luz Santos

Ingrid Trigueiro do Nascimento

Isabel Cristina Medeiros da Silva

Isabela Pires Baptista

Isis Pontes de Almeida

José Armando F. Campos

Julia Vincent Lannes

Juliana dos Santos Queiroz

Juliana Pinto da Silva

Jussara Utsch

Kelly Cristiane Matoso

Laura Albuquerque Fideles

Laura Penna Coelho da Silva

Leandro Batista de Melo

Lia Lombardi Parente

Lilia Caiado Coelho Beltrão Couto

Luan dos Santos

Lucas Joaquim Paulio

Luciana de Abreu Pereira

Luciana Magalhães de Melo Neto

Luis Ricardo Lucas Reis

Mara Claudia Alves Braile

Marcelo Campos Luzio

Marcelo Gomes e Silva

Marcia Drolshagen

Marcos Bicudo

Maria Carmem Wagner

Maria Celina Arraes

Maria José

Maria Lucia de Paula Assunção

Maria Teresa B. Rossi

Maria Verônica Costa de Oliveira

Mariana Campos Perricelli

Mariana Meireles

Marina Grossi

Marina Santa Rosa Rocha

Mario Dourado

Mariza Louven

Marvio Batista de Alencar

Moises de Jesus Ferreira Silva

Mônica dos Santos Palermo

Mônica Filipa Martins da Silva Rocha

Pablo de Barros Santos

Pablo Gerardo Vazquez Pereira

Patricia Vianna Castro

Paula Passos

Paulo Henrique Cardoso

Paulo Roberto Carvalhaes Ribeiro

Phelipe Coutinho Machado

Raphael Araujo Ferreira Rodrigues

Raphael de Almeida Magalhães

Raquel Lima Bonelli da Encarnação

Raquel Rodrigues de Souza

Renata Mach Queiroz

Rosana Vieira D’Ávila

Sheila Guebara de Souza

Silvana Gomes Nocito

Simone de Almeida Vaz

Sofia Nicoletti Shellard

Sthefanie Handford

Sueli Pego Mendes Conti

Suzanne Locke

Tatiana Faria de Araujo

Tayná de Almeida Xavier

Valeria Coelho Gualberto

Vera Morais

Vinicius de Andrade Mansur

Wilberto Lima Júnior

Yan Henrique Santos Quintino

*Tentamos não esquecer de ninguém, mas não hesite em nos contatar (cebds@cebds.org) se seu nome não estiver aqui. Vai ser um prazer contar com todos que fizeram parte desses 20 anos.